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Bolsonaro preso: mídia internacional reage à prisão do ex-presidente

Veículos como CNN, Reuters, AFP e France 24 destacam risco de fuga, acusações de golpe e tensões com Donald Trump

Publicado em 22 de novembro de 2025 às 10h21.

Última atualização em 22 de novembro de 2025 às 10h40.

Na manhã deste sábado, 22, a mídia internacional já repercute a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A CNN afirmou que Bolsonaro foi detido em casa, em Brasília, após suspeitas de risco de fuga e de um suposto plano para romper a tornozeleira eletrônica durante um ato convocado por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. O veículo também disse que o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde agosto e enfrenta pena de 27 anos por liderar uma tentativa de golpe.

A agência AFP publicou que Alexandre de Moraes o classificou como "alto risco de fuga" e afirmou que a nova ordem de detenção foi tomada para impedir que Bolsonaro violasse novamente as restrições impostas. O despacho mencionado pela agência cita a investigação sobre o plano que envolveria interferências para evitar o cumprimento da sentença.

A Reuters deu ênfase ao fato de que Bolsonaro foi levado para exames de admissão pela Polícia Federal nas primeiras horas da manhã e que a prisão ocorreu antes mesmo do fim de seu processo de apelação.

A cobertura comparou a prisão atual com as restrições já impostas por violações anteriores, como o uso indevido de redes sociais e tentativas de buscar apoio internacional para barrar investigações no Brasil.

Mídia europeia e americana aborda desgaste internacional

Veículos como France 24 citaram as condições médicas do ex-presidente, apontando que sua defesa tenta reverter a possibilidade de prisão em regime comum alegando problemas de saúde, além do histórico de cirurgias e internações ligadas ao ataque sofrido em 2018.

Nos Estados Unidos, o caso voltou a reacender a relação de Bolsonaro com o presidente Donald Trump. O New York Post citou que Trump chamou as investigações de “caça às bruxas” e reagiu com sanções ao ministro Moraes, além de tarifas sobre produtos brasileiros — medidas que vinham sendo revertidas gradualmente.

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