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Biden e Putin discutem avanço de tropas russas na fronteira com a Ucrânia

A Casa Branca indicou que Biden pretender reforçar que ainda há um caminho diplomático para a situação, embora Putin tenha ordenado o deslocamento de cerca de 100 mil militares para a região

Joe Biden e Vladimir Putin. (AFP/AFP Photo)

Joe Biden e Vladimir Putin. (AFP/AFP Photo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 10h33.

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, vão discutir o avanço de tropas russas na fronteira com a Ucrânia em um telefonema agendado para a tarde desta quinta-feira, às 17h30 (de Brasília). A Casa Branca indicou que Biden pretender reforçar que ainda há um caminho diplomático para a situação, embora Putin tenha ordenado o deslocamento de cerca de 100 mil militares para a região.

O democrata, no entanto, deve reiterar que, para que haja "progressos reais", as conversas devem ocorrer em um "contexto de redução das tensões ao invés de escalada", de acordo com um funcionário do governo americano.

A ligação, que foi solicitada por autoridades russas, ocorre no momento em que autoridades americanas e russas se preparam para reuniões em 10 de janeiro em Genebra. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que Putin falará com Biden nesta quinta-feira, mas não forneceu detalhes.

A Casa Branca disse que Biden e Putin, que se reuniram em Genebra em junho para discutir uma série de tensões nas relações EUA-Rússia, não deveriam participar das próximas negociações. Os dois líderes realizaram uma videoconferência no início deste mês em que sua conversa se concentrou fortemente nos movimentos de tropas russas que perturbaram a Ucrânia e outros aliados europeus.

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No início deste mês, Moscou apresentou o rascunho de um documento de segurança exigindo que a Otan negasse a adesão à Ucrânia e outros países da antiga União Soviética e retrocedesse seus posicionamentos militares na Europa Central e Oriental.

Os EUA e seus aliados se recusaram a oferecer à Rússia o tipo de garantias sobre a Ucrânia que Putin deseja, citando o princípio da Otan de que a adesão está aberta a qualquer país qualificado. Eles concordaram, no entanto, em manter conversações com a Rússia para discutir suas preocupações.

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