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Atividade industrial chinesa supera previsões e resiste às tarifas de Trump

Além do tarifaço, Pequim ainda enfrenta queda persistente no consumo interno

Pequim também enfrenta uma queda persistente no consumo interno (STR / Colaborador/Getty Images)

Pequim também enfrenta uma queda persistente no consumo interno (STR / Colaborador/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de maio de 2025 às 07h44.

A atividade industrial da China cresceu no mês passado em um ritmo superior ao previsto, indicaram dados oficiais divulgados nesta segunda-feira, 19, em um sinal de resistência à dura guerra comercial com Washington.

China e Estados Unidos concordaram na semana passada em reduzir drasticamente, por 90 dias, as tarifas impostas mutuamente sobre seus produtos, o que alimenta esperanças de que a economia mundial possa evitar uma recessão grave.

A produção industrial da potência exportadora asiática cresceu 6,1% em abril em comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).

O resultado foi superior aos 5,7% previstos em uma pesquisa da agência de informações econômicas Bloomberg, embora ainda abaixo do salto de 7,7% registrado em março.

"A economia nacional resistiu à pressão e cresceu de forma estável em abril", declarou o ONE, ao mesmo tempo em que reconheceu uma "situação complexa de crescentes perturbações externas e desafios e dificuldades internas em vários níveis".

Além das crescentes tensões comerciais, Pequim também enfrenta uma queda persistente no consumo interno, o que ameaça sua meta oficial de crescimento para este ano, de cerca de 5%.

"As atividades econômicas desaceleraram apenas marginalmente em abril, já que as exportações se mantiveram resistentes apesar do aumento das tarifas americanas", escreveu em nota Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

"Agora que as tarifas foram significativamente reduzidas, espero que as exportações continuem fortes", afirmou o analista, acrescentando que "o impulso econômico no segundo trimestre provavelmente será estável".

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