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Arlene Foster é a 1ª mulher premiê da Irlanda do Norte

Foster, de 45 anos, chegou ao cargo depois para substituir Peter Robinson, que já lhe tinha passado o comando do majoritário Partido Democrático Unionista


	Irlanda do Norte: "Acredito que não existe honra maior que ter a oportunidade de servir meu país e ao povo da Irlanda do Norte"
 (Charles McQuillan / Getty Images)

Irlanda do Norte: "Acredito que não existe honra maior que ter a oportunidade de servir meu país e ao povo da Irlanda do Norte" (Charles McQuillan / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 12h36.

Dublin - A nova primeira-ministra da Irlanda do Norte, Arlene Foster, disse nesta segunda-feira que se sente "orgulhosa" de ser a primeira mulher e a política mais jovem a assumir a liderança do governo autônomo de poder compartilhado entre protestantes e católicos.

Foster, de 45 anos, chegou ao cargo depois para substituir Peter Robinson, que já lhe tinha passado o comando do majoritário Partido Democrático Unionista (DUP, na sigla em inglês), fundado pelo falecido reverendo Ian Paisley.

"Acredito que não existe honra maior que ter a oportunidade de servir meu país e ao povo da Irlanda do Norte como primeira-ministra", disse Foster, defensora da permanência da província britânica no Reino Unido.

A saída de Robinson do cargo fez também com que a Assembleia Autônoma renovasse o mandato do vice-primeiro-ministro, o nacionalista-católico Martin McGuinness, "número dois" do Partido Sinn Féin e ex-comandante do Exército Republicano Irlandês (IRA).

Após tomar posse, Foster disse que hoje é um dia "histórico" e elogiou seu antecessor por consolidar o processo de paz na região.

"É um grande orgulho saber que, desde que a Irlanda do Norte foi criada há quase um século, sou a primeira mulher a desempenhar esse cargo. Também me causou grande susto saber que eu sou a pessoa mais jovem neste cargo", disse a nova primeira-ministra.

Foster, que foi sofreu pessoalmente com o terrorismo do IRA, também lembrou as vítimas do antigo conflito, cujo legado mantém dividido os partidos e representa uma das maiores ameaças para a estabilidade do processo de paz.

"Me lembro agora de todos aqueles que serviram à comunidade nas forças de segurança durante aqueles anos negros e aqueles cujas vidas acabaram breve demais. Prometo uma coisa: honrarei suas memórias", acrescentou.

Apesar de reiterar que a sociedade norte-irlandesa não deve esquecer de seu passado, Foster insistiu na necessidade de avançar com a chegada de uma "nova geração" ao cenário político.

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