Repórter
Publicado em 30 de setembro de 2025 às 18h08.
Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 18h26.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira, 30, que o governo havia "chegado a um acordo" com a Universidade Harvard, embora não tenha fornecido mais detalhes a respeito. A fala do republicano ocorreu durante coletiva de imprensa.
"Tudo o que é necessário agora é formalizar isso. Isso será ótimo", declarou Trump à secretária de Educação, Linda McMahon, que também participou da cerimônia no Salão Oval.
A Casa Branca e Harvard estavam em um impasse há meses em relação à continuidade do financiamento federal para a universidade. Inicialmente, Trump havia acusado Harvard de não agir contra o antissemitismo no campus após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, mas a disputa acabou se expandindo para questões como viés político, críticas a supostos laços da universidade com a China e a resistência do governo aos esforços da direção de Havard em promover a diversidade.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos também anunciou recentemente que estava movendo um processo administrativo de suspensão e impedimento contra Harvard, o que resultaria na proibição da universidade de firmar contratos com agências governamentais ou de receber recursos federais, como bolsas de pesquisa e ajuda financeira estudantil.
Se a tentativa fosse bem-sucedida, isso poderia representar uma perda significativa de financiamento para Harvard, além de ser mais um golpe financeiro após o governo Trump ter bloqueado mais de US$ 2,6 bilhões em recursos federais previamente destinados à universidade.
Esse movimento acontece pouco mais de uma semana depois que US$ 46 milhões de recursos federais, que haviam sido congelados, começaram a ser liberados de volta para a universidade, após uma decisão de um juiz distrital, no início deste mês, que declarou ilegal a suspensão do financiamento imposta pelo governo Trump. O governo anunciou que recorrerá da decisão.
A crítica de Trump à prestigiada universidade de Cambridge, Massachusetts, gerou um intenso debate nacional sobre liberdade acadêmica, diversidade ideológica nos campi, uso de critérios raciais em processos seletivos e contratações, além da atuação do governo no apoio à educação superior e à pesquisa.