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Angela Merkel pede diálogo a Putin em conflito com a Ucrânia

A chanceler alemã conversou ainda com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, a quem expressou sua "preocupação" com a tensão

Imagem de arquivo: A chanceler da Alemanha conversou ontem por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin (Hannibal Hanschke/Reuters)

Imagem de arquivo: A chanceler da Alemanha conversou ontem por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin (Hannibal Hanschke/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 07h45.

Última atualização em 27 de novembro de 2018 às 08h41.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ressaltou "a necessidade de distensão e diálogo" entre Moscou e Kiev em uma conversa por telefone ontem à noite com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, centrada no incidente de domingo no estreito de Kerch, informou nesta terça-feira o porta-voz do Executivo alemão, Steffen Seibert.

"Ambos discutiram a opção de uma análise do incidente com a participação de especialistas russos e ucranianos em gestão fronteiriça", declarou o porta-voz em comunicado, acrescentando que, neste aspecto, Merkel e Putin concordaram em permanecer em "estreito contato".

A chanceler conversou ainda com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, a quem expressou sua "preocupação" com a tensão suscitada após o incidente de domingo no estreito de Kerch, assim como a necessidade de "distender" a situação criada no conflito entre Kiev e Moscou, segundo o comunicado emitido por Seibert.

Merkel expressou, além disso, sua vontade de contribuir para essa distensão e ambos governantes também concordaram em manter-se em "estreito contato".

Algumas horas antes, em entrevista coletiva ordinária, o governo alemão já tinha pedido "contenção" e "diálogo" a Rússia e Ucrânia.

Seibert afirmou, em referência à Rússia, que não há "justificativa" para o uso da violência "militar" e exigiu a Moscou a liberação das embarcações militares ucranianas retidas e dos marinheiros detidos.

Também lembrou que o governo alemão reafirma sua defesa da integridade territorial e da soberania nacional da Ucrânia no que diz respeito à Crimeia, a península ucraniana que a Rússia anexou em 2014.

Seibert considerou ainda que a recente construção da ponte entre a Rússia e a península da Crimeia (que só está comunicada por terra com a Ucrânia) é "ilegal".

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