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Ouro dispara a US$ 4.100 e atinge novo recorde em meio a tensões globais

Prata registrou US$ 50,42 por onça-troy, maior nível de fechamento em 45 anos

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 17h34.

O ouro disparou e renovou recorde nesta segunda-feira, 13, atingindo US$ 4.133,00 por onça-troy para contratos de dezembro. Já a prata registrou seu maior nível em 45 anos, a US$ 50,42 por onça-troy, segundo dados da Comex, divisão de metais da Nymex, em Nova York.

Ambos os metais também registraram máximas históricas de fechamento durante a sessão, a US$ 4.137,20 e US$ 50,59, respectivamente.

O desempenho dos metais preciosos é impulsionado por um crescimento mais lento da economia norte-americana e por taxas de juros mais baixas do Federal Reserve.

Além disso, o shutdown do governo dos EUA, em seu 13º dia, contribui para a busca por ativos considerados seguros.

Analistas do Julius Baer apontaram que o ouro se beneficia da demanda de bancos centrais, enquanto a prata apresenta maior sensibilidade devido ao tamanho do mercado.

Expectativa de continuidade do rali

O Goldman Sachs alerta para maior volatilidade da prata em relação ao ouro, mas projeta crescimento de médio prazo, impulsionado pelos mesmos fluxos de investimento privados.

Para 2026, o Bank of America estima que o preço do ouro atinja US$ 4.400, enquanto o Société Générale projeta US$ 5.000 até o fim do ano. O rali também impacta ações do setor, com a Newmont, maior produtora global de ouro, subindo 4,6% em Nova York.

Entre outros metais preciosos, platina e paládio avançaram cerca de 4,2%. Segundo a Dow Jones, o contrato líquido do ouro teve o maior ganho em dólares registrado em um único dia, e a prata registrou seu maior ganho em dólares desde janeiro de 1980.

Esse movimento do mercado de metais reflete o aumento da demanda por investimentos seguros diante de incertezas globais, incluindo as tarifas dos EUA à China.

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