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Elon Musk e inteligência artificial lideram ranking dos maiores riscos à reputação em 2025

Índice global aponta que mau uso de IA e associação com figuras controversas como Musk são os principais gatilhos de crises empresariais neste ano

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 19 de abril de 2025 às 12h01.

O novo Reputation Risk Index, elaborado pelo Global Situation Room e avaliado pelo seu conselho consultivo internacional, revela os principais perigos que rondam a imagem de grandes empresas em 2025.

O destaque absoluto do ano até agora, segundo o estudo, vai para o uso indevido da inteligência artificial (IA), classificado como o maior risco reputacional do ano. A prática inclui desde a criação de deepfakes até decisões automatizadas não éticas, capazes de minar a confiança pública e desencadear sanções regulatórias severas.

A preocupação com a IA não é a única preocupação neste ano. Quase 30% dos especialistas do conselho classificaram como altamente arriscada a associação de marcas com Elon Musk, CEO da Tesla e figura central em diversas polêmicas políticas e empresariais.

A recente queda das ações da montadora, ligada a posicionamentos públicos de Musk, ilustra o impacto direto que uma liderança controversa pode ter sobre o valor de mercado e a confiança dos consumidores.

O relatório também alerta para um terceiro fator de risco crescente: o recuo em compromissos com diversidade, equidade e inclusão (DEI). Empresas que abandonam essas políticas — seja por pressões políticas, como as vindas do governo Trump, ou por estratégia de reposicionamento — enfrentam forte rejeição social e desgaste de imagem. Brett Bruen, presidente do Global Situation Room, adverte que “o capital de confiança do consumidor é difícil de recuperar quando é desperdiçado”.

As novas fronteiras do risco reputacional

A influência de Musk sobre o risco empresarial vai além de sua atuação na Tesla. O empresário se envolveu em iniciativas como a renomeação do Twitter para X, em declarações alinhadas ao ex-presidente Donald Trump, e em movimentos de mercado altamente especulativos, como sua ligação com a criptomoeda Dogecoin.

Tudo isso amplia os efeitos de sua imagem sobre empresas que compartilham vínculos com ele.

O Reputation Risk Index também chama atenção para os efeitos financeiros concretos do risco reputacional. A queda das ações da Tesla, de US$ 479 em dezembro de 2024 para US$ 254 em abril de 2025, é apresentada como um exemplo prático de como a reputação impacta diretamente o desempenho econômico. Ataques a lojas da empresa e boicotes a seus veículos têm se multiplicado em diferentes países.

Outro ponto de destaque no relatório é a instabilidade geopolítica. Ações como guerras comerciais, políticas protecionistas e tensões diplomáticas afetam diretamente as operações corporativas, exigindo planejamento estratégico para mitigar perdas.

Isabel Guzman, presidente do Global Risk Advisory Council, afirma que “compreender e se adaptar a essas condições será essencial nos próximos anos”.

Os riscos também incluem práticas anticompetitivas, violação de direitos autorais e abandono de compromissos éticos. O conselho alerta que, em um ambiente onde redes sociais amplificam escândalos em segundos, as empresas precisam ser ágeis, transparentes e preventivas.

Para os próximos meses, a expectativa é de que esses riscos aumentem. Segundo o levantamento, 86% dos especialistas acreditam que as ameaças reputacionais crescerão no próximo trimestre. O foco de monitoramento será em três frentes: tecnologia, DEI e cenário geopolítico.

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