Renda fixa: opção é uma boa opção pra quem quer começar a investir com segurança e rentabilidade (wirestock/envato)
Redatora
Publicado em 18 de junho de 2025 às 18h30.
Última atualização em 18 de junho de 2025 às 18h53.
O Banco Central acaba de elevar a taxa de juros para 15%, o maior número desde 2006.
Com a alta da taxa, os investimentos de renda fixa podem voltar ao centro das conversas, especialmente para quem busca segurança e retorno. Mas, para muitos brasileiros, esse universo ainda parece complicado. Tesouro Direto, CDB, LCI, prefixado ou pós-fixado? Por onde começar?
Para responder às principais dúvidas de quem quer sair da poupança e começar a investir, a EXAME conversou com Marcelo Lancerotti, professor na Saint Paul Escola de Negócios e mestre em economia pela Unifesp.
O professor explica que renda fixa é uma modalidade de investimento em que as regras de remuneração são conhecidas desde o início da aplicação. “É como se o investidor emprestasse seu dinheiro para um banco, empresa ou governo e eles devolvessem como uma recompensa”, resume Lancerotti.
Entre os investimentos mais comuns estão:
Para quem está começando, o Tesouro Direto é uma ótima porta de entrada, segundo a análise de Lancerotti. Trata-se de uma plataforma criada pelo Governo Federal que permite aplicações a partir de R$ 167,00 (a depender da taxa de juros). Os títulos são garantidos pelo Tesouro Nacional, o que confere alto grau de segurança.
A dica do especialista é começar com o Tesouro Selic, título que acompanha a taxa de juros da economia e tem alta liquidez, ou seja, pode ser resgatado com facilidade e baixa oscilação. “Comece pela taxa Selic e vai evoluindo até que você conheça outros títulos”, orienta Lancerotti.
Lancerotti avalia que renda fixa é um investimento seguro. “Quando comparada à renda variável, ela é mais estável e previsível”.
Além disso, aplicações como CDB, CDI, LCI e LCA contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF para instituições financeiras caso o emissor do título não cumpra com as obrigações.
“Nem toda renda fixa é igual”, pondera o professor. “É preciso entender onde você está colocando o seu dinheiro. Entender o emissor, a liquidez do título e o prazo de vencimento são fatores fundamentais para investir com segurança”, alerta.
Lancerotti recomenda atenção especial a quatro pontos na hora de escolher seus primeiros investimentos:
Entender o mercado de renda fixa, bem como a diferença entre os títulos e saber gerenciá-los é um diferencial para profissionais que querem se destacar no mercado de trabalho.
Pensando nisso, a EXAME e a Saint Paul Escola de Negócios se uniram à B3 Educação, o braço de educação da bolsa de valores do Brasil, e desenvolveram o curso de educação executiva Formação no Mercado de Renda Fixa.
O curso é ministrado por professores reconhecidos no mercado: Luiz Antonio, matemático pós-graduado em economia e finanças; Sérgio Pereira, economista que atuou por 30 anos na BM&FBovespa; Gustavo Sisti, economista e professor da B3.