YouTube: plataforma remunera vídeos de acordo com o número de visualizações (fotograzia/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 6 de junho de 2025 às 16h19.
Para quem sonha em produzir vídeos para as redes sociais, a boa notícia é: o YouTube paga por isso. Mas calma, não é tão simples quanto parece.
Para começar a ganhar dinheiro com os conteúdos, é preciso alcançar uma quantidade mínima de visualizações, além de cumprir outros requisitos da plataforma, como número de inscritos e tempo de exibição dos vídeos. Ou seja, transformar likes em renda exige estratégia, consistência e paciência.
Como ganhar dinheiro com o Instagram? Posts patrocinados podem superar R$ 40 mil; veja quanto cobrarO cuidado também é necessário, já que a monetização não depende só da criatividade do criador. O funcionamento do algoritmo muda com frequência, as políticas da plataforma são atualizadas constantemente e o engajamento do público pode variar bastante. Um vídeo que bomba hoje pode não render nada amanhã.
Para quem quer se aventurar nesse mundo digital, Lilian Carvalho, PhD em Marketing e coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP, listou os principais métodos:
Para entrar no chamado “Programa de Parcerias” do YouTube — o caminho oficial para começar a monetizar vídeos — é preciso cumprir alguns critérios básicos, explica Carvalho. O principal deles é ter, no mínimo, 1 mil inscritos no canal e acumular 4 mil horas de exibição nos últimos 12 meses.
Também é necessário seguir as diretrizes da plataforma e respeitar as políticas de monetização. Uma vez aprovado, o criador passa a ter acesso a diferentes formas de ganhar dinheiro, como a veiculação de anúncios nos vídeos, além de recursos extras como assinaturas do canal e Super Chat em lives.
O YouTube paga entre US$ 1 a US$ 5 (R$ 5.58 a R$ 27,90, de acordo com o último fechamento de 5 de junho, em R$ 5,584) por mil visualizações monetizadas (CPM, na sigla em inglês), dependendo do nicho.
“Para atingir R$ 5 mil, considerando CPM médio de R$ 10, seriam necessárias cerca de 500 mil visualizações monetizadas. A remuneração pode ser complementada com parcerias e vendas de produtos”, aponta a especialista.
E Carvalho também reitera: é aconselhável diversificar. “Tenho um ex-aluno que administra um dos maiores canais do YouTube brasileiro, e a maior fonte de monetização dele não é o AdSense, mas patrocínios de marcas dentro do canal”, afirma.