Mercados

Tesouro voltará a comprar títulos públicos

Amanhã (21), o Tesouro fará mais leilões extraordinários para adquirir papéis prefixados e corrigidos pela inflação atualmente nas mãos de investidores


	Dinheiro: o dinheiro para recompra dos títulos virá, na maior parte, do colchão da dívida pública.
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro: o dinheiro para recompra dos títulos virá, na maior parte, do colchão da dívida pública. (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 17h20.

Brasília – A permanência da instabilidade no mercado financeiro fará o Tesouro Nacional continuar com a compra de títulos públicos. Amanhã (21), o Tesouro fará mais leilões extraordinários para adquirir papéis prefixados (com juros definidos com antecedência) e corrigidos pela inflação atualmente nas mãos de investidores.

Hoje (20), o Tesouro comprou R$ 857,49 milhões. Deste total, R$ 588,48 milhões corresponderam a NTN-F (Nota do Tesouro Nacional, série F) com vencimento em 2018 e R$ 269,21 milhões corresponderam a LTN (Letra do Tesouro Nacional) com vencimento em 2016 e 2017. Os dois tipos de papéis são prefixados. Também houve leilões extraordinários de NTN-B, título vinculado à inflação, mas o resultado ainda não foi divulgado.

Há pouco, o Tesouro informou que voltará a comprar NTN-F, LTN e NTN-B. De acordo com técnicos do órgão, os leilões são necessários porque, em momentos de turbulência financeira, as taxas dos títulos tendem a se descolar dos fundamentos da economia brasileira.

Segundo o Tesouro, a instabilidade faz o aplicador ter a sensação de que está perdendo dinheiro ao manter o título. No entanto, na hora de se desfazer do papel, o investidor não encontra compradores que ofereçam preço justo. Nessas horas, então, é necessário o Tesouro recomprar os títulos para fornecer um referencial de preços e taxas de juros.


No caso dos títulos prefixados, a tensão é maior porque os juros pagos aos investidores (taxa de retorno) são definidos com antecedência e não variam conforme as oscilações do mercado e da economia. Quem compra agora um papel desse tipo sabe exatamente quanto receberá daqui a vários anos. No momento em que os juros dos títulos aumentam por causa da turbulência financeira, os investidores com esses papéis temem ter ainda mais prejuízo porque a taxa de retorno não pode mudar.

O dinheiro para recompra dos títulos virá, na maior parte, do colchão da dívida pública, recursos que o Tesouro tem guardados para usar em momentos de crise. Esse instrumento foi usado em 2005, 2006 e 2008, quando estourou a crise financeira internacional.

Por meio dos títulos da dívida pública, o Tesouro Nacional vende papéis para arrecadar dinheiro dos investidores e honrar os compromissos de curto prazo. Em troca, o governo compromete-se a devolver a quantia com algum acréscimo. A correção pode ser prefixada (com juros determinados no momento da emissão) ou seguir a inflação, a taxa Selic (juros básicos da economia) ou o dólar.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraMercado financeiroTítulos públicos

Mais de Mercados

Motiva vende aeroportos a grupo mexicano por R$ 11,5 bilhões

Investidor diminui posição em bolsa após rali do Ibovespa, diz estudo

Ibovespa fecha em baixa pelo 2º dia seguido com aversão global ao risco

Dólar firma queda na reta final do pregão e fecha em R$ 5,31