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Techs despencam na Índia e Europa abre em queda com pressão sobre montadoras

Índices indianos recuam após taxa de visto de Trump; na Europa, Porsche e Volkswagen lideram perdas no setor automotivo

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 06h15.

As bolsas globais iniciam a semana em tom misto nesta segunda-feira, 22, com quedas nos mercados da Índia e da Europa, enquanto outras bolsas da Ásia fecharam em alta.

O impacto da nova taxa de US$ 100 mil para emissão de vistos H-1B, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, derrubou ações de tecnologia indianas. Já na Europa, o setor automotivo pressionou os índices após cortes de projeções por Porsche e Volkswagen.

Bolsas da Ásia

Os mercados asiáticos tiveram desempenho dividido nesta segunda-feira. Na Índia, ações de tecnologia recuaram quase 3% após o anúncio da nova taxa para vistos H-1B, que afeta diretamente o setor. Entre as quedas mais fortes estiveram Mphasis (-4,0%), Persistent Systems (-3,8%) e LTIMindtree (-3,79%). Às 5h50 (horário de Brasília), o índice Nifty 50 registrava queda de 0,22% e o Sensex, de 0,33%.

Na China, o CSI 300 avançou 0,46% depois de o banco central manter as taxas primárias de empréstimo (LPR) inalteradas pelo quarto mês seguido. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,80%, enquanto o índice de tecnologia recuou 0,58%.

No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,02% e o Topix ganhou 0,49%. Os títulos de 10 anos do governo japonês atingiram 1,65%, o maior nível desde 2007.

Já na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,68% e o Kosdaq saltou 1,3%, com destaque para a Samsung Electronics, que subiu mais de 4% após a Nvidia aprovar a memória HBM de quinta geração da empresa, usada em chips de inteligência artificial.

O índice australiano ASX 200 também fechou em alta de 0,43%.

Mercado europeu

As bolsas europeias abriram em queda, pressionadas pelo setor automotivo. Às 5h50, o índice europeu Stoxx 600 recuava 0,04%, o DAX da Alemanha caía 0,53%, o CAC 40 da França perdia 0,18% e o FTSE 100 do Reino Unido oscilava perto da estabilidade, em baixa de 0,01%.

As ações da Porsche, da Alemanha, recuavam cerca de 6% depois que a montadora reduziu sua projeção de rentabilidade para 2025 e adiou o lançamento de veículos elétricos diante da demanda mais fraca. A controladora Volkswagen, também alemã e que cortou sua projeção de lucro, caía 6,3%. Com isso, o índice europeu de automóveis e autopeças recuava 2,2%.

O movimento negativo era compensado em parte por ganhos em tecnologia e mineração. Papéis da ASML e da ASMI, fabricantes holandesas de equipamentos para semicondutores, subiam 3,2% e 2,1%, respectivamente, puxando alta de 0,9% do setor de tecnologia.

Entre as mineradoras, a Fresnillo, listada em Londres, avançava 4,1% com a disparada do ouro a máximas históricas, enquanto Glencore, também britânica, e Rio Tinto, com sede no Reino Unido e na Austrália, ganhavam 2,7% e 1,9%.

Futuros dos EUA

Os futuros de Nova York operavam em baixa moderada, após uma semana de fortes ganhos. Às 5h50, o Dow Jones Futures caía 0,22%, o S&P 500 Futures recuava 0,19% e o Nasdaq 100 Futures perdia 0,23%.

Na sexta-feira, 19, os índices fecharam em alta: o Dow Jones avançou 0,37%, a 46.315 pontos, novo recorde histórico; o S&P 500 subiu 0,49%, a 6.664 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,72%, a 22.631 pontos. Nesta semana, investidores monitoram os discursos de dirigentes do Fed e aguardam a divulgação do índice de preços PCE, medida de inflação preferida pelo banco central americano.

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