Ibovespa: CVC tem volume negociado abaixo do patamar de segurança e deve deixar índice (Paulo Whitaker/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 19h26.
A partir de 5 de janeiro do ano que vem, a carteira de ações do Ibovespa vai ter uma nova composição. As prévias oficiais, saem nos próximos dias 1º, 15 e 30 de dezembro e, como de costume, devem confirmar a entrada de novos ativos e a saída de ações que perderam força em liquidez e volume de negócios.
Nas projeções do BTG Pactual, a Copasa (CSMG3) deve fazer parte da composição do Ibovespa, com peso estimado de 0,31%.
Já o Itaú BBA não só vê a inclusão da Copasa, impulsionada pelo avanço do processo de privatização, mas também conta com a entrada da ação ordinária da Copel (CPLE3) no índice. Os dois papéis já superaram o limite mínimo de negociabilidade exigido pela metodologia do índice.
O BBA projeta pesos de 0,30% para CSMG3 e 0,74% para CPLE3. Como a Copel já integra o Ibovespa via ação preferencial CPLE5, a possível migração da companhia para o Novo Mercado pode antecipar a realocação total do peso para CPLE3.
Do lado das exclusões, tanto o BTG quanto o Itaú BBA projetam a saída da CVC (CVCB3), cujo nível de negociabilidade ficou abaixo do mínimo, o que tende a gerar uma pressão de venda do papel.
Analistas também monitoram ações que estão a um fio de ingressar no índice. Para o Itaú BBA, Tenda (TEND3) e Grupo GPS (GGPS3) aparecem próximas do limite de inclusão nas prévias do Ibovespa, embora ainda não cumpram todos os critérios. A chance de entrada nesta revisão é considerada baixa, mas as duas seguem no radar para futuros ajustes.
As mudanças esperadas também alcançam os demais índices amplos da B3. No IBrX-50, que hoje tem apenas 49 ativos após a retirada da BRF por causa da fusão com a Marfrig, o BTG projeta a entrada de SmartFit (SMFT3) e Minerva (BEEF3), enquanto Hypera (HYPE3) deve sair. Já o IBrX-100, atualmente com 97 ações devido a eventos corporativos recentes, pode receber Neoenergia (NEOE3), CBA (CBAV3), Casas Bahia (BHIA3) e Simpar (SIMH3). A Eztec (EZTC3) surge como forte candidata à exclusão.
No Índice de Small Caps (SMALL), o BTG projeta um pacote amplo de alterações. As possíveis inclusões incluem Hapvida (HAPV3), Grupo Mateus (GMAT3), Vitru (VTRU3), Desktop (DESK3) e Helbor (HBOR3).
Hapvida e Grupo Mateus voltam a atender aos critérios após a queda recente nos valores de mercado. Entre as potenciais exclusões, aparecem Cosan (CSAN3), Panvel (PNVL3), Multilaser (MLAS3), Jalles Machado (JALL3), Viveo (VVEO3), Amob (AMOB3) e Recrusul (RCSL3).
O BTG destaca que a saída da Cosan seria explicada pelo aumento de valor de mercado após sua oferta subsequente, enquanto os demais papéis perdem espaço devido ao enfraquecimento de liquidez.