Reag Investimentos: A empresa passou a ser listada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, após a aquisição da GetNinjas. (Reag Investimentos/Reprodução)
Repórter de Mercados
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 08h57.
A Reag Investimentos anunciou uma série de mudanças na estrutura de governança e controle acionário neste domingo, 7. João Carlos Mansur, fundador da Reag Investimentos, vendeu 87,38% do capital da companhia para a Arandu Capital, gestora detida por executivos da própria Reag.
A operação, que totaliza R$ 100 milhões, ainda deve ser submetida aos órgãos competentes para aprovação, segundo fato relevante. O contrato de compra e venda de ações foi celebrado no sábado e contempla a totalidade das ações dos atuais controladores.
A Reag Investimentos comunicou ainda que três executivos deixaram seus cargos na companhia. Mansur renunciou à presidência do conselho de administração. Também saíram Altair Tadeu Rossato, que ocupava uma cadeira independente no conselho e era membro do comitê de auditoria, e Fabiana Franco, que atuava como diretora financeira.
Segundo o estatuto da empresa, os substitutos serão escolhidos pelos conselheiros que permanecem no cargo e devem cumprir o restante dos mandatos.
A operação foi anunciada após a deflagração da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, que incluiu mandados de busca e apreensão na sede da companhia. A Reag deu início a uma reorganização — ou management buyout — para isolar suas áreas de asset e wealth da crise provocada por denúncias de lavagem de dinheiro.
A Reag é uma das principais gestoras independentes do país, com foco em crédito estruturado, fundos imobiliários e ativos alternativos. Fundada em 2008, a casa tem mais de R$ 340 bilhões sob gestão e trabalha com operações de recuperação judicial, private equity e investimentos no setor imobiliário.
A Reag Asset Management de João Carlos Mansur, era a acionista controladora da Reag, com 63,93% das ações ordinárias da companhia. A empresa passou a ser listada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, após a aquisição da GetNinjas, no início de 2025.
A operação da Polícia Federal, deflagrada nas últimas semanas tinha como alvo instituições financeiras suspeitas de serem usadas para ocultar o patrimônio do crime organizado.