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Powell, relatório fiscal no Brasil e balanços nos EUA: o que move o mercado

Negociações sobre tarifas com os Estados Unidos também seguem no radar dos investidores nesta terça-feira

Trump e Jerome Powell: presidente americano intensifica ataques ao chefe do Federal Reserve (Drew Angerer/Getty Images)

Trump e Jerome Powell: presidente americano intensifica ataques ao chefe do Federal Reserve (Drew Angerer/Getty Images)

Publicado em 22 de julho de 2025 às 08h15.

Os mercados iniciam esta terça-feira, 22, de olho em dois eventos principais: nos Estados Unidos, Jerome Powell participa de uma conferência sobre regulação bancária às 9h30, enquanto no Brasil, o governo divulga o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre. A expectativa do mercado é de que o documento mantenha o congelamento de R$ 31 bilhões em despesas, reforçando o compromisso com o ajuste fiscal.

Apesar da forte pressão pública do presidente Donald Trump para que renuncie ao comando do Federal Reserve, Powell não deve comentar o assunto, nem falar sobre política monetária, respeitando o período de silêncio que antecede a reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), marcada para a próxima semana.

No Brasil, além da divulgação do relatório fiscal, o Banco Central realiza às 10h30 um leilão de linha de até US$ 600 milhões para rolagem do vencimento de 4 de agosto. Às 17h30, o presidente Gabriel Galípolo tem reunião com o presidente do Conselho do PicPay, José Antonio Batista Costa.

Na agenda de balanços, investidores acompanham antes da abertura dos mercados americanos os números da General Motors e da Coca-Cola. No Brasil, a Neoenergia abre a temporada de resultados na B3 após o fechamento.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos encerraram o pregão desta terça-feira, 22, sem direção única. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,11% após a coalizão governista perder a maioria no Senado, aumentando a incerteza política. Na China, os índices fecharam em alta, enquanto a Bolsa da Coreia do Sul caiu mais de 1% com a aproximação da nova rodada de tarifas dos EUA sobre produtos asiáticos.

Na Europa, os índices operam no vermelho pela manhã. Dados fiscais do Reino Unido frustraram o mercado, com o déficit público de junho atingindo £20,7 bilhões, acima do esperado, o que pressionou os juros dos títulos britânicos. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), o FTSE 100 recuava 0,02%, o DAX caía 1,00%, o CAC 40 perdia 0,79% e o Stoxx 600 registrava queda de 0,61%.

Nos Estados Unidos, os índices futuros apresentavam variações discretas após o S&P 500 e o Nasdaq renovarem máximas históricas na véspera, apoiados por resultados corporativos fortes. Às 7h50, os futuros do S&P 500 caíam 0,09%, os do Nasdaq 100 recuavam 0,24% e os do Dow Jones operavam próximos da estabilidade.

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