A segunda parcela, no valor de R$ 0,36769708 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de junho (CFOTO/Future Publishing/Getty Images)
Repórter de mercados
Publicado em 20 de maio de 2025 às 10h11.
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou nesta terça-feira, 20, que vai distribuir a primeira parcela do pagamento total de R$ 73,90 bilhões em dividendos referentes ao balanço de 31 de dezembro de 2024. O valor corresponde a R$ 0,37183274 por ação ordinária ou preferencial.
O pagamento será efetuado pelo Banco Bradesco, instituição depositária das ações escriturais de emissão da Petrobras. A distribuição segue a Política de Remuneração da Petrobras, que determina a entrega de 45% do fluxo de caixa livre quando o endividamento bruto está abaixo de US$ 75 bilhões, limite definido no plano estratégico atual.
Só tem direito de receber o valor os investidores que adquiriram ações até o dia 16 de abril. Os dividendos pagos por empresas são isentos da cobrança de Imposto de Renda (IR).
A segunda parcela, no valor de R$ 0,36769708 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de junho.
Para os acionistas com ações custodiadas na B3, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 20 de maio, e o da segunda parcela no dia 20 de junho, através de suas respectivas corretoras.
Os detentores de ADRs negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) receberão os pagamentos a partir de 28 de maio de 2025 e de 27 de junho de 2025, respectivamente. Neste caso, os pagamentos serão feitos pelo JP Morgan Chase, banco depositário dos ADRs da Petrobras.
Os dividendos são uma forma de remuneração ao investidor, representando uma parte dos lucros gerados por empresas, fundos imobiliários e outros investimentos que oferecem esses pagamentos.
Cada tipo de ativo segue uma legislação específica para a distribuição de dividendos, que define não apenas a proporção mínima de lucros a ser distribuída, mas também as regras de tributação desses rendimentos.
Quando alguém possui participação em uma empresa, essa participação dá direito a remunerações específicas, como os dividendos, que são pagos proporcionalmente ao número de ações que cada investidor possui.
Todas as empresas listadas na Bolsa de Valores são obrigadas a distribuir dividendos sobre os lucros gerados, pelo menos uma vez ao ano. Contudo, as empresas têm liberdade para determinar o percentual a ser pago, inclusive para ações de baixo valor que pagam dividendos mensais.
A porcentagem mínima de lucros a ser distribuída deve estar estipulada no estatuto social da empresa, conforme a Lei das Sociedades por Ações (Lei das S/A). Se isso não estiver previsto no estatuto, a empresa deve distribuir 50% do lucro líquido ajustado.
Embora não seja obrigatório estabelecer um percentual mínimo, desde que mencionado no estatuto, muitas empresas optam por pagar dividendos elevados para atrair mais investidores, o que é um fator importante na decisão de se tornar acionista.
Uma das questões a serem avaliadas na escolha das melhores ações desse tipo é o seu payout, que representa o percentual do lucro da empresa que foi destinado aos investidores durante um certo período.
Além disso, outra métrica importante para avaliar isso é o dividend yield, que corresponde ao retorno teórico em porcentagem dos dividendos distribuídos dentro de um determinado período. Nesse caso, ele é obtido pela relação entre os valores por ação pagos aos acionistas pelo preço do papel.
Embora esses dois indicadores sejam importantes, eles não devem ser levados em consideração de maneira isolada. Isso porque os rendimentos pagos no passado não são garantia de retorno futuro.
Assim, é relevante fazer uma análise fundamentalista daquela empresa e verificar qual a perspectiva para ela no futuro. Afinal, será que ela continuará tendo retornos consistentes que permitem a continuidade no patamar atual de distribuição? Quais são as expectativas para o futuro, considerando o contexto da companhia e da economia brasileira e mundial? Tudo isso deve ser levado em conta.
Ademais, o perfil de investidor e os objetivos financeiros pessoais também não podem ficar de fora dessa análise. Isso porque as ações que pagam dividendos contam com seus próprios riscos e o acionista deve ter isso em mente na hora de escolher qualquer empresa para investir.