Ouro: metal bateu recorde cotado a US$ 3.707,40 nesta semana (OsakaWayne Studios/Getty Images)
Redatora
Publicado em 19 de setembro de 2025 às 07h31.
O ouro opera em leve alta nesta sexta-feira, 19, e se encaminha para o quinto ganho semanal consecutivo, após o Federal Reserve reduzir os juros nos Estados Unidos pela primeira vez no ano.
Investidores seguem atentos aos próximos sinais sobre a trajetória da política monetária norte-americana.
Às 5h17 (horário de Brasília), o ouro à vista avançava 0,2%, a US$ 3.650,89 a onça-troy, acumulando valorização de 0,2% na semana. Os contratos futuros para dezembro subiam 0,1%, a US$ 3.683,40, segundo dados da Reuters.
O banco central dos EUA cortou a taxa básica em 0,25 ponto percentual na quarta-feira e deixou aberta a possibilidade de novos afrouxamentos, embora tenha ressaltado os riscos de uma inflação persistente.
O presidente do Fed, Jerome Powell, descreveu a medida como um corte “de gestão de riscos”, diante da fraqueza do mercado de trabalho, e disse que as próximas decisões serão tomadas “reunião a reunião”.
Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, os investidores precificam 92% de chance de novo corte de 0,25 ponto em outubro.
“O cenário de política monetária segue como principal força para o ouro, embora o metal tenha suporte considerável de compras de bancos centrais e da demanda por proteção. Quedas abaixo de US$ 3.600 tendem a ser de curta duração”, afirmou Han Tan, analista-chefe da Nemo.money, à Reuters.
Para Nitesh Shah, estrategista de commodities da WisdomTree, a desvalorização do dólar neste ano deve continuar impulsionando o metal. Ele projeta que o ouro poderá alcançar a cotação de US$ 4.300 até setembro de 2026.
O ouro, que não oferece rendimento e costuma se beneficiar de juros mais baixos, bateu recorde histórico de US$ 3.707,40 na quarta-feira, 17, e já acumula alta de cerca de 39% no ano.
Na Índia, os prêmios sobre o ouro físico atingiram o maior nível em dez meses, em meio à proximidade da temporada festiva, com investidores mantendo as compras mesmo diante das máximas.
Entre outros metais, a prata avançava 0,8%, a US$ 42,12 a onça; a platina subia 0,2%, a US$ 1.386,65; enquanto o paládio recuava 0,4%, a US$ 1.146,43.