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Ouro cai abaixo de US$ 4 mil mesmo com aversão ao risco do investidor

Metal é considerado investimento seguro em momento de aversão ao rico, mas recua junto com o mercado de ações, enquanto o dólar se fortalece

Ouro: metal ainda acumula alta de 50% no ano (EyeEm Mobile GmbH/Getty Images)

Ouro: metal ainda acumula alta de 50% no ano (EyeEm Mobile GmbH/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 17h27.

Última atualização em 4 de novembro de 2025 às 18h13.

Mesmo com o clima de aversão ao risco que dominou os mercados americanos nesta terça-feira (4), o ouro, tradicional porto seguro em períodos de incerteza, fechou em queda, perdendo novamente o patamar de US$ 4 mil a onça-troy. A valorização do dólar frente a outras moedas (DXY +0,30% há pouco, para 100,168) e as sinalizações do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de que os cortes de juros podem ocorrer em ritmo mais lento do que o esperado marcam o clima nos mercados hoje.

O contrato de ouro para dezembro caiu 1,55% na Comex, sendo cotado a US$ 3.951,50 por onça-troy. O metal precioso, que não gera rendimento, se beneficia de taxas de juros baixas e períodos de incerteza econômica, mas enfrenta pressão quando o dólar se fortalece.

Na semana passada, o Fed reduziu a taxa básica de juros, mas o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, indicou que essa pode ser a última redução do ano. Segundo a ferramenta FedWatch do CME Group, a probabilidade de corte na reunião de 9 e 10 de dezembro caiu para 71%, ante mais de 90% na semana anterior.

Além disso, investidores monitoram a Suprema Corte dos EUA, que pode suspender as tarifas impostas por Donald Trump, em julgamento previsto para começar nesta quarta-feira. A paralisação parcial do governo americano, possivelmente a mais longa da história, interrompe a divulgação de dados oficiais, aumentando a atenção a relatórios não governamentais, como o relatório emprego da ADP, que será divulgado amanhã.

“O ouro está perdendo parte do seu brilho excessivo, embora ainda reflita preocupações sobre a independência do Fed, a possibilidade de estagflação e riscos geopolíticos. Parte desse brilho foi dissipado em uma correção necessária”, disse à CNBC Rhona O’Connell, analista da StoneX.

No ano, o ouro acumula valorização de 53%, mas já recua mais de 9% em relação ao recorde histórico registrado em 20 de outubro.

Outros metais preciosos também registraram perdas: a prata caiu 2,02%, a US$ 47,08 por onça, a platina recuou 2,38%, a US$ 1.543,70, e o paládio perdeu 2,5%, fechando a US$ 1.418,50.

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