Mercados

Otimismo com decisão do BCE faz bolsas da Europa subirem

As perdas nos mercados acionários norte-americanos restringiram a valorização, porém


	Bolsa de Madri: o índice Stoxx 600 avançou 0,32%, para 349,71 pontos
 (Cristina Quicler/AFP)

Bolsa de Madri: o índice Stoxx 600 avançou 0,32%, para 349,71 pontos (Cristina Quicler/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 15h28.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 10, impulsionadas pelo contínuo otimismo sobre os estímulos do Banco Central Europeu (BCE) e os dados positivos da economia dos Estados Unidos e da Ásia anunciados recentemente.

Ainda assim, as perdas nos mercados acionários norte-americanos restringiram a valorização. O índice Stoxx 600 avançou 0,32%, para 349,71 pontos.

Desde a reunião do BCE, na semana passada, na qual o banco surpreendeu ao cortar suas taxas básicas de juros e delinear uma série de novas medidas, o índice pan-europeu ganhou 1,6%.

A alta acumulada desde o começo do ano chega a 6,5%. "Ainda acreditamos que, em um mundo que está se recuperando, embora devagar, e com precificações próximas às justas, o mercado acionário deve continuar em rali", disse o estrategista Stephane Deo, do UBS.

Em Frankfurt, o índice Dax subiu 0,20%, a 10.028,80 pontos, o segundo fechamento consecutivo acima da marca de 10 mil pontos.

O Dax atingiu uma nova máxima histórica de 10.033,74 pontos, embora com baixo volume de negócios.

A empresa de fertilizantes K+S subiu 1,99%, se recuperando da mínima em quatro semanas atingida ontem.

Papéis de montadoras, entretanto, sofreram um movimento de realização de lucros depois de ganhos sustentados na performance melhor do que a de outros setores da economia, de acordo com um operador. A Volkswagen recuou 0,76%, e a Continental perdeu 0,71%.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, terminou com ganhos de 0,13%, a 4.595,00 pontos. Segundo um operador, a ausência de indicadores macroeconômicos importantes limitou a atividade.

O BNP Paribas recuou 0,32%, pressionado pela notícia de que está em conversas com autoridades norte-americanas sobre supostas violações de embargos.

Em Milão, o FTSE Mib avançou 0,14%, a 22.502,97 pontos, impulsionado pelo otimismo sobre a indústria italiana.

A produção industrial da Itália subiu 1,6% em abril ante o igual período do ano anterior, superando a projeção de economistas (+0,6%). Este foi o melhor resultado em quase três anos.

O dado ofuscou a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália, que não mostrou alteração em comparação aos números preliminares, divulgados em maio.

No primeiro trimestre de 2014, a economia italiana registrou retração de 0,1% em relação aos três meses anteriores e de 0,5% na comparação anual.

Em Londres, investidores ficaram mais cautelosos quanto à possibilidade de normalização antecipada da política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), pois dados de manufatura do Reino Unido deram um sinal de que a recuperação está se disseminando para além dos gastos dos consumidores.

A produção industrial do país aumentou 3,0% em abril ante igual mês de 2013, mais do que o mercado previa (+2,8%).

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,02%, a 6.873,55 pontos. O BT Group (-2,36%) continua pressionando o índice, após a notícia de que a Sky Sports está lançando um novo canal dedicado ao futebol europeu para a próxima temporada.

A Sports Direct recuou 1,21% depois que o Goldman Sachs retirou o papel da sua lista de recomendações de compra. O BG Group se desvalorizou 0,68%, após o BNP Paribas rebaixar sua recomendação para a ação.

O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,75%, a 7.445,36 pontos, enquanto o Ibex 35, da Bolsa de Madri, perdeu 0,09%, a 11.153,50 pontos. Com Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump

Ibovespa fecha em queda de 1,61% pressionado por tensões políticas

Dólar fecha em alta de 0,73% após Bolsonaro ser alvo de operação da PF