A Nvidia reportou lucro líquido de US$ 26,422 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2026 (de maio a julho deste ano). A cifra é 59% maior que a registrada um ano antes e 41% acima do resultado do primeiro trimestre fiscal.

O lucro por ação da companhia veio em US$ 1,08, com alta de 61% ano a ano e de 42% trimestralmente. O número veio acima da média das estimativas do mercado, que apontavam para US$ 1,01.

A receita da companhia no período foi de US$ 46,743 bilhões, com alta anual de 56% e de 6% na comparação trimestral. A cifra também superou o consenso, que era de US$ 46,06 bilhões.

Após a divulgação do balanço, a ação da companhia caía mais de 3% no after hours, as negociações que ocorrem depois do fechamento do pregão.

A receita de Data Center no segundo trimestre foi de US$ 41,1 bilhões, um aumento de 56% em relação ao ano passado e 5% na comparação trimestral. O forte crescimento desse segmento foi impulsionado pela demanda por computação acelerada, plataforma usada em aplicações de inteligência artificial.

A maior parte dessa receita vem de Data Center Compute, a parte de estrutura de processamento de dados, que faturou US$ 33,8 bilhões. A cifra é 50% maior que a registrada um ano antes, recuou 1% em relação ao primeiro trimestre fiscal, devido a uma redução de US$ 4 bilhões nas vendas de H20.

A companhia não vendeu chips H20 para clientes na China no segundo trimestre, conforme o comentário do CFO que acompanha o resultado. Mesmo assim, a companhia se beneficiou de uma liberação de US$ 180 milhões de um estoque que já havia sido previamente reservado  por um cliente fora da China 

A categoria Blackwell, que abrange os superchips da Nvidia, cresceu 17% sequencialmente, incluindo a mais nova arquitetura, Blackwell Ultra. Esse aumento de estoques ajudou a impulsionar o aumento da receita de Gaming, de 49%, em relação ao ano passado e 14% trimestralmente.

Perspectivas para o terceiro trimestre

A empresa também trouxe algumas projeções para o terceiro trimestre fiscal de 2026, que termina em outubro. Para o período, a Nvidia prevê receita de US$ 54,0 bilhões, com uma variação de 2% para mais ou menos. A previsão não considera remessa de chips H20 para a China.

A companhia também prevê margem bruta por volta de 73%. Os custos operacionais estão previstos entre US$ 5,9 bilhões e US$ 4,2 bilhões - esta última cifra, dentro de um balanço sem efeitos não recorrentes (non-GAAP, na sigla em inglês).

Para o ano fiscal cheio de 2026, a Nvidia prevê um crescimento de 30% nas despesas em relação ao ano anterior.