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Novas ações da Petrobras iniciam o dia em leve alta

Papéis ordinários e preferenciais da oferta avançam aproximadamente 0,6%

Cerimônia simbólica de estreia de ações aconteceu na última sexta-feira (.)

Cerimônia simbólica de estreia de ações aconteceu na última sexta-feira (.)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2010 às 11h13.

São Paulo - As novas ações da Petrobras (PETR3); (PETR4) iniciaram o dia em alta na primeira sessão realizada na BM&FBovespa. As ações ordinárias, que foram precificadas a 29,65 reais, avançavam cerca de 0,67%, negociadas a 29,85 reais. Os papéis preferenciais, que tinham o preço estabelecido em 26,30 reais, abriram vendidos a 26,45 reais, desvalorização de 0,57%. Após a primeira hora de negociação, contudo, ambas passaram a operar com leve baixa de 0,1% e agora operam perto da estabilidade.

Na última sexta-feira (24), as ADRs (American Depositary Receipts) representativas das ações ordinárias abriram a 35,02 dólares e encerraram o dia em 34,92 dólares. Os papéis representativos das ações preferenciais iniciaram o dia negociados a 30,63 dólares e fecharam a sessão a 30,79 dólares. No total, a capitalização levantou 120,3 bilhões de reais, a maior capitalização por ações do mundo.

Os pedidos realizados na oferta de varejo foram atendidos com um rateio de 45,77%. As atenções agora se voltam para a publicação do prospecto definitivo da operação. O documento revelará a nova composição do capital social da empresa. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a participação total do governo na Petrobras saltou de 40% para 48%.

Para a analista Leila Almeida, da Lopes Filho, a Petrobras deverá revisar o atual plano de investimentos para incluir os 5 bilhões de barris da cessão onerosa, cujo contrato com a União prevê um programa exploratório obrigatório. "Outra questão é quanto à classificação de risco pelas agências internacionais após a operação", disse Leila em relatório.

Na semana passada, a Standard and Poor’s confirmou a nota BBB-, com perspectiva estável. Estimamos que a Petrobras precisará levantar cerca de US$90 bilhões em financiamentos nos próximos cinco anos para realizar o seu atual plano de negócios", escreveram os analistas Paula Martins e Marcelo Schwarz, em relatório. Com isso, a expectativa é de que a empresa tente acessar o mercado de capitais mais frequentemente.

"Será uma coisa constante a Petrobras ir ao mercado acionário e de dívida para se capitalizar", afirma Rogério Freitas, sócio e gestor do fundo da Teórica Investimentos. Segundo ele, este cenário poderá diluir ainda mais os acionistas minoritários. "É como se o minoritário tivesse a espada no pescoço de todo o ano a empresa ir ao mercado e se capitalizar", diz.  

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