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No radar: recuperação chinesa, Azul, CVC e o que mais move o mercado

Bolsas internacionais sobem com produção industrial da China e menor chance de lockdown nos EUA

Produção industrial da China tem alta anual de 6,9% em outubro (Getty Images)

Produção industrial da China tem alta anual de 6,9% em outubro (Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 16 de novembro de 2020 às 07h08.

Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 10h06.

As principais bolsas do mundo iniciam a semana em alta, impulsionadas por dados econômicos da China e por esperanças de que um lockdown nacional não seja decretado nos Estados Unidos, embora o número de casos diárias siga acima dos 100.000.

O risco de Joe Biden fechar a economia vinha sendo mapeado desde antes das eleições, tendo em vista as críticas feitas à atuação do governo Trump na pandemia. Mas a possibilidade tem sido afastada pelos principais conselheiros de saúde do presidente eleito.

Depois de Michael Osterholm ter negado a intenção de estabelecer um lockdown nacional na semana passada, foi a vez de Vivek Murthy dizer que um lockdown seria a última opção a ser adotada para frear o avanço da doença no país. As declarações ocorreram em meio a uma série de fechamentos regionais, com lockdowns sendo reestabelecidos em Chicago, Oregon e Novo México. Metrópoles como Nova York e San Francisco, também endureceram medidas de isolamento.

Dados da China

Além da expectativa de que a maior economia do mundo siga se recuperando sem ter a necessidade de um lockdown mais amplo, a segunda maior economia segue em plena recuperação. Divulgada na noite de domingo, 15, a produção industrial da China teve crescimento anual de 6,9% em outubro ante os 6,5% de alta esperado. Já as vendas do varejo chinês, que só foi ter sua primeira alta anual em agosto, atingiu o maior aumento do ano, ficando 4,3% superior à do mesmo período do ano passado.

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Bolsas

Motivado pelos dados da economia local e pelo mega-acordo comercial firmado entre países da Ásia e Oceania, incluindo China, Japão, Coréia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, o índice composto de Xangai subiu 1,11%, na China.

No mercado de futuros dos Estados Unidos, o S&P 500 subia 0,78%, enquanto o Nasdaq, 0,48%. Na Europa, os principais índices de ações também seguem em alta, com destaque para o espanhol IBEX 35, que avança mais de 2%.

Balanços

Além dos fatores externos, o mercado brasileiro deve seguir refletindo os resultados corporativos do terceiro trimestre. Ainda antes da abertura do pregão, a Azul (AZUL4) e a CVC (CVCB3) divulgam balanço. Cosan (CSAN3), Equatorial (EQTL3) e Cemig (CMIG4) apresentaram resultado após o encerramento do pregão de sexta-feira, 14.

Para esta noite está prevista a divulgação dos balanços da Qualicorp (QUAL3), Gafisa (GFSA3), IMC (MEAL3) e NotreDame Intermedica (GNDI3).

No mercado brasileiro, também será dia de vencimento de opções, o que trazer alguma volatilidade adicional para os ativos.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa encerrou em alta de 2,16%, em 104.723 pontos, enquanto o dólar caiu 0,05% e fechou sendo vendido a 4,475 reais.

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