Contando somente as operações continuadas na América Latina, o lucro foi de R$ 445 milhões (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 11 de agosto de 2025 às 19h45.
Última atualização em 11 de agosto de 2025 às 19h47.
A Natura (NATU3) reportou lucro líquido consolidado de R$ 195,1 milhões no segundo trimestre de 2025. Assim, a companhia reverteu o prejuízo de R$ 122,7 milhões, registrado no mesmo período do ano passado. O número considera as operações da Avon fora da América Latina, classificados no balanço como "mantida para a venda".
Contando somente as operações continuadas na América Latina, o lucro foi de R$ 445 milhões, contra um prejuízo de R$ 872,8 milhões um ano antes.
O EBITDA reportado foi de R$ 675,1 milhões ante a cifra negativa de R$ 6,9 milhões de um ano antes. O recorrente, que desconsidera efeitos pontuais do período, fechou em R$ 795,6 bilhões.
A receita líquida da companhia foi de R$ 5,7 bilhões, o que representa uma queda anual de 1,7%. De acordo com a companhia, a estabilidade reflete o crescimento de dois dígitos da Natura Brasil (10,3%) e o avanço da receita da marca Natura na Hispana (17,8%). Os avanços compensaram o desempenho ainda fraco da marca Avon no Brasil (-12,9%) e a volatilidade prevista das operações da Avon e de Casa & Estilo na Hispana, em função da Onda 2 da integração das operações no México e dos preparativos na Argentina.
"Ainda há muito a fazer nesse segundo semestre do ano. O projeto Onda 2 se aproxima de sua conclusão, restando apenas as simplificações finais de sistemas para migrar a marca Avon para a estrutura de TI da Natura e finalizar a transferência da fábrica de Interlagos para Cajamar", diz mensagem da administração, que acompanha os resultados.
A margem bruta ficou levemente acima da registrada no segundo trimestre do ano passado, indo a 66,4% - menor, porém, que os 67,4% do primeiro trimestre deste ano. A linha foi impactada por um aumento de mais de 4% no custo de mercadoria vendida, que totalizou R$ 3,6 bilhões. O total de despesas operacionais da Natura, por sua vez, ficou praticamente estável (+0,2%) no segundo trimestre de 2025.
A dívida líquida foi de R$ 4 bilhões no trimestre e a alavancagem (medida pela relação dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,18 vezes.
O fluxo de caixa livre das operações continuadas ficou negativo em R$ 9 milhões no primeiro semestre do ano, em comparação com a cifra no vermelho de R$ 1,2 bilhão registrada um ano antes.