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Mercados internacionais operam com cautela à espera de detalhes sobre negociações EUA-China

Mercados reagem com cautela à possibilidade de alívio nas restrições de exportação dos EUA

Publicado em 10 de junho de 2025 às 06h09.

Os mercados internacionais operam com cautela nesta terça-feira, 10, com investidores atentos à nova rodada de negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que ocorre em Londres. A expectativa é por mais detalhes após o primeiro dia de reuniões entre autoridades dos dois países.

Do lado americano, participam o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial Jamieson Greer. A comitiva chinesa é liderada pelo vice-premiê He Lifeng. O foco do encontro está nas restrições à exportação de terras raras, adotadas por Pequim em resposta às tarifas americanas.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção definida. O Nikkei 225, de Tóquio, subiu 0,32%, enquanto o Topix encerrou o pregão estável. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,56% e o Kosdaq, de pequenas empresas, ganhou 0,91%, marcando a quinta alta consecutiva. Já o CSI 300, da China, caiu 0,51%, e o Hang Seng, de Hong Kong, terminou o dia estável.

Na Índia, o índice Nifty 50 teve leve alta de 0,15%, enquanto o BSE Sensex operava próximo da estabilidade no início da tarde, no horário local. O mercado australiano se destacou com o S&P/ASX 200 subindo 0,84% e renovando recorde histórico, aos 8.587,20 pontos.

Europa em queda

Na Europa, as bolsas operavam em queda por volta de 5h50 (horário de Brasília), com exceção do mercado britânico. O índice europeu Stoxx 600 recuava 0,22%, o CAC 40, de Paris, caía 0,18% e o DAX, de Frankfurt, perdia 0,55%. O FTSE 100, de Londres, destoava com alta de 0,29%.

Ações de defesa lideram as perdas na região, pressionadas pela expectativa de que os debates entre EUA e China incluam temas sensíveis como os terras raras, essenciais à indústria bélica. O índice europeu do setor caía 0,8%, caminhando para o terceiro dia seguido de queda. A alemã Renk liderava as perdas, com baixa de 9,3%, seguida por Hensoldt (-4%) e Rheinmetall (-3,2%). A sueca Saab também recuava 4,4%.

No Reino Unido, dados divulgados nesta manhã mostraram alta na taxa de desemprego para 4,6% no trimestre encerrado em abril, em linha com as expectativas. O índice de inatividade econômica, que inclui pessoas fora da força de trabalho, subiu para 21,3%.

Entre os destaques corporativos, as ações da dinamarquesa Novo Nordisk avançavam 3,3%, após relatos de que o fundo Parvus Asset Management estaria adquirindo participação na farmacêutica para influenciar a escolha do novo CEO. A companhia enfrenta pressão competitiva sobre seu medicamento para obesidade nos EUA.

Cautela nos EUA

Nos Estados Unidos, os futuros de ações recuam levemente nesta manhã, com investidores cautelosos em relação ao andamento das tratativas comerciais. Os contratos do Dow Jones caíam 0,19%, os do S&P 500 recuavam 0,15% e os do Nasdaq 100 perdiam 0,18%.

Na véspera, Wall Street teve um pregão morno. O S&P 500 subiu 0,1%, registrando seu segundo dia consecutivo de ganhos. O Nasdaq avançou 0,3%, enquanto o Dow encerrou perto da estabilidade.

Segundo o Wall Street Journal, o presidente Donald Trump autorizou a equipe de Bessent a considerar a remoção de restrições impostas pelos EUA à venda de softwares para fabricação de chips, peças de motores a jato e etano.

Na segunda-feira, Trump afirmou que as conversas estavam indo bem e que estava “recebendo apenas bons relatórios”, conforme publicado pela Reuters.

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