Repórter
Publicado em 15 de setembro de 2025 às 06h00.
Última atualização em 15 de setembro de 2025 às 06h01.
As ações globais começaram a semana em alta, com os mercados se antecipando à possível virada da política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.
Na Europa, o índice Stoxx 600 avançou 0,6%, puxado principalmente pelas ações do setor de luxo. Os contratos futuros do S&P 500 também subiram, refletindo o otimismo com a reunião do Fed marcada para esta quarta-feira, 17.
Na Ásia, o índice MSCI Ásia-Pacífico superou brevemente o pico de fevereiro de 2021, mesmo sob pressão da investigação antitruste contra a Nvidia iniciada por autoridades chinesas.
Na China, as apostas em ações de tecnologia sustentaram o sentimento positivo, apesar de novos dados econômicos indicarem desaceleração em agosto. O índice de blue chips do país subiu 0,2%, mesma variação do Hang Seng, em Hong Kong. Investidores acompanham ainda o andamento das negociações comerciais entre China e Estados Unidos, que continuam nesta semana em Madri.
Na Europa, o mercado reagiu ao rebaixamento da nota de crédito da França pela Fitch Ratings. A instabilidade política afetou os títulos franceses, que ficaram para trás em relação aos pares europeus. A libra esterlina se destacou entre as principais moedas, com valorização frente ao dólar.
Nos EUA, os treasuries de 10 anos mantiveram estabilidade, com rendimento ao redor de 4,07%.
O foco principal dos mercados nesta semana é a reunião do Fed. De acordo com dados dos mercados futuros, há quase 100% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual nesta decisão. Os investidores projetam ainda mais dois cortes nos próximos encontros, com base na desaceleração do mercado de trabalho norte-americano.
Além do Fed, os bancos centrais do Canadá, Inglaterra e Japão também anunciam suas decisões nesta semana. Mesmo com a chamada triple witching — vencimento simultâneo de contratos futuros, opções de ações e índices — programada para sexta-feira, operadores de opções ainda não precificam alta significativa na volatilidade.
O evento pode movimentar cerca de US$ 5 trilhões no mercado.