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Mercado Livre tem queda de 1,5% no lucro líquido do 2º trimestre, para US$ 523 milhões

A plataforma de market place e operadora da fintech Mercado Pago apresentou resultados na noite desta segunda-feira (4)

Mercado Livre montagem (Montagem com elementos Canva e Mercado Livre /Reprodução)

Mercado Livre montagem (Montagem com elementos Canva e Mercado Livre /Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 4 de agosto de 2025 às 17h23.

Última atualização em 4 de agosto de 2025 às 18h07.

O Mercado Livre (MELI34) reportou lucro líquido de US$ 523 milhões no segundo trimestre de 2025, o que representa uma queda de 1,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o lucro operacional da companhia, excluindo efeitos tributários e contábeis, somou US$ 825 milhões, com crescimento de 13,64%. A margem operacional foi de 12,2%, o que representa uma queda de 2,1 pontos percentuais em relação a um ano antes. A margem líquida recuou 2,8 pontos percentuais, para 7,7%.

A receita líquida, por sua vez, registrou um crescimento de 34%, para US$ 6,8 bilhões. O e-commerce contribuiu com US$ 3,8 bilhões, um crescimento anual 16,3%, contando com a variação cambial, e de 45% ao excluir esse efeito.

O número de itens vendidos pela plataforma de vendas em todos os países onde a companhia atua somou 550,1 milhões, crescendo 31%. Destaque para o maior avanço das vendas em dois anos no México. O impacto do frete grátis no Brasil, para a compras a partir de R$ 19, também já foi sentido no resultado - inclusive pelo lado dos custos. O volume de vendas brutas, por sua vez, atingiu US$ 15,3 bilhões, com alta anual de 21%.

Essa estratégia do Mercado Livre visa aumentar a frequência de compras na plataforma e a migração do varejo offline para o on-line.

Frete grátis eleva vendas no Brasil, mas impacta margens

De acordo com a companhia, o frete grátis ajudou a impulsionar em 34% o número de itens vendidos no Brasil em junho e ajudou a elevar em 29% o volume de venda brutas (GMV) no trimestre. Porém, foi um detrator da margem operacional da companhia de maneira geral. As receitas de e-commerce no país totalizaram US$ 2,123 bilhões, com crescimento anual de 28%. A receita com a fintech Mercado Pago cresceu 24,42%.

Na Argentina, os itens vendidos cresceram 46% e o GMV avançou 75%, "com a estabilização da economia, o retorno da confiança e o fortalecimento do consumo", afirma a empresa,  no balanço.

No México, a maior penetração da rede de fullfillment (processo completo de armazenamento, embalagem e entrega de um produto) ajudou a impulsionar o crescimento de 36% no número de itens vendidos e de 32% no GMV.

Crescimento em fintech

A base de clientes da fintech do Mercado Livre chegou a 68 milhões de usuários ativos mensais, com crescimento ano a ano de 30%. A carteira de crédito do Mercado Pago cresceu 91%, para US$ 9.3 bilhões, com destaque para o cartão de crédito (crescimento de 118% na carteira). O volume total de pagamentos (TPV) somou US$ 64,6 bilhões.

Os ativos sob gestão da fintech, por sua vez, chegaram a US$ 13,8 bilhões, número impulsionado pelo rendimento dos depósitos.

Custos e dívida

O total de custos do Mercado Livre no segundo trimestre somou US$ 5,292 bilhões. A cifra aumentou 39,4% em relação a um ano antes.

A companhia registrou fluxo de caixa ajustado de US$ 454 milhões no período. A dívida líquida, por sua vez, avançou para US$ 3,83 bilhões, quase o tripo do registrado um ano antes. A companhia explica que a alavancagem da companhia foi impactada por aportes em Mercado Pago, dado um menor volume de recebíveis em relação a trimestres anteriores.

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