Mercados

Mantega: quem apostar na alta do dólar pode quebrar a cara

Em entrevista à Folha de S. Paulo, deste domingo, ministro afirmou que não há motivo para "rali contra câmbio"


	Mantega: nível de emprego pode voltar a crescer a partir de 2015
 (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

Mantega: nível de emprego pode voltar a crescer a partir de 2015 (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 19 de outubro de 2014 às 10h00.

São Paulo - Guido Mantega está a um passo de deixar o posto de Ministro da Fazenda - cargo que ocupa há mais de oito anos. Em entrevista à Folha de S. Paulo, deste domingo, Mantega fez uma avaliação sobre seu mandato e falou sobre o que o Brasil pode esperar daqui para frente.

Aos que acreditam na alta do dólar se Dilma Rousseff for reeleita, ele mandou recado: "não há motivos para isto. Agora, se alguém tentar fazer isso vai quebrar a cara. Rali contra o câmbio vai quebrar a cara porque temos 380 bilhões de dólares de reservas. Somos poderosos nessa área", afirmou Mantega à Folha.

Mantega ainda falou sobre a possível alta de juros caso o PSDB ganhe as eleições. Segundo ele, caso Armínio Fraga ocupe o posto de Ministro da Fazendo, existem chances de os juros subirem.

"Só se mudou a ideologia dele, a vertente econômica. Ainda mais ele que vem do meio financeiro... Ele compartilhava daquela ideia de que a economia brasileira precisa ter juros reais de 10%, lembra", disse ao jornal.

Para Mantega, ainda não dá para prever quando o Brasil vai sair da crise. Ele acredita que o país tem condições de crescer mais de 2% daqui para frente, que o nível de emprego pode voltar a crescer a partir de 2015 e que a inflação vai estar mais acomodada.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilCâmbioDólarMoedasEleiçõesEleições 2014Guido Mantega

Mais de Mercados

Brasil encomenda crise futura ao manter juros altos por tanto tempo, diz Rubens Menin

Como a Exxon planeja recuperar US$ 4,6 bilhões em ativos 'confiscados' pela Rússia

Wall Street renova recordes pelo segundo dia seguido com expectativa de mais cortes de juros nos EUA

Inter leva finanças para estádio de futebol: o 'gol' é aumentar sua base de investidores