Repórter
Publicado em 7 de novembro de 2025 às 07h56.
Esta sexta-feira, 7, começa com os investidores digerindo novos dados da China e o balanço da Petrobras, além de uma agenda carregada de indicadores e discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
As exportações da China caíram 1,1% em outubro, na comparação anual, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira. Foi a primeira queda nas vendas desde fevereiro, e contrariou a previsão da Bloomberg, que estimava alta de 2,9%. As importações chinesas subiram 1,0% no mesmo mês, também abaixo das expectativas de 2,7%, segundo a Alfândega do país.
O resultado reflete o agravamento das tensões comerciais com os Estados Unidos antes da reunião entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, que apaziguou a disputa no fim do mês passado.
Nos Estados Unidos, o mercado opera sem a divulgação do relatório de emprego (payroll), que foi novamente adiado por causa do shutdown do governo, que já é o mais longo da história.
A atenção nesta sexta também se volta ao balanço da Petrobras, divulgado na véspera. A companhia realiza às 11h30 a teleconferência de resultados.
A estatal registrou lucro líquido de US$ 6,03 bilhões neste terceiro trimestre, alta de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa também anunciou R$ 12,2 bilhões em dividendos.
Entre os indicadores, saem às 8h o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de outubro, da FGV, e às 10h os indicadores industriais de setembro, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nos Estados Unidos, às 12h, será divulgado o índice preliminar de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, e às 14h, o relatório de poços e plataformas em operação da Baker Hughes.
A agenda de eventos também inclui discursos de dirigentes de bancos centrais. Às 9h, o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, e Joachim Nagel, do Banco Central Europeu (BCE), participam de um painel.
Às 14h, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, participa de evento da B3, em São Paulo.
Às 17h, Stephen Miran, do Fed, encerra o dia com discurso nos EUA.
Entre os balanços, o mercado acompanha após o fechamento os resultados da Fertilizantes Heringer e da M. Dias Branco.
As bolsas globais operam em baixa nesta sexta-feira, 7, acompanhando a queda de Wall Street na véspera e a realização de lucros em ações ligadas à inteligência artificial.
Na Ásia, os principais índices encerraram no vermelho: o Nikkei 225 recuou 1,21% em Tóquio, pressionado por fortes perdas em ações de tecnologia como SoftBank (-6,87%) e Advantest (-5,54%). O Kospi, de Seul, caiu 1,81%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,92%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 recuou 0,66%, e o CSI 300, da China continental, teve queda de 0,31%.
Na Europa, os índices também operam em baixa nesta manhã, estendendo as perdas da sessão anterior. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), o Stoxx 600 recuava 0,49%, o FTSE 100, de Londres, caía 0,53%, o CAC 40, de Paris, cedia 0,40%, e o DAX, de Frankfurt, perdia 0,64%.
Nos Estados Unidos, os futuros de Nova York mostravam leve volatilidade. Às 7h50, os contratos do S&P 500 caíam 0,03%, os do Nasdaq 100 recuavam 0,06% e os do Dow Jones perdiam 0,04%.