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Ibovespa fecha em queda com mercado repercutindo resultado do PIB do segundo trimestre

Dólar mantém a tendência de alta e fecha com valorização cotado, nesta terça-feira, 2, a R$ 5,474

Ibovespa: investidores repercutem PIB do segundo trimestre de 2025 no Brasil (Leandro Fonseca/Exame)

Ibovespa: investidores repercutem PIB do segundo trimestre de 2025 no Brasil (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 17h20.

Última atualização em 2 de setembro de 2025 às 17h21.

O Ibovespa fechou, nesta terça-feira, 2, em baixa de 0,67%, aos 140.335 pontos. Na sessão anterior, o Ibovespa já havia fechado em queda de 0,10%, aos 141.283 pontos, depois de dois pregões de recordes de valorização. No câmbio, o dólar fechou em alta de 0,64%, cotado a R$ 5,474.

O mercado repercutiu hoje o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano com alta de 0,04% em relação ao primeiro trimestre do ano, em linha com a expectativa dos investidores, que esperavam uma alta entre 0,14% e 0,5%.

Na comparação com o mesmo trimestre em 2024, o crescimento foi de 2,2%. Houve desaceleração, pois o PIB havia crescido 1,3% no primeiro trimestre.

Um dos pontos que explicam a redução do crescimento do PIB foi o setor agropecuário, que registrou queda de 0,1% na comparação com o trimestre anterior, ante alta expressiva de 12,3% no primeiro trimestre de 2025, segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda. Confira outros quatro pontos que explicam a desaceleração do PIB.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,67%, aos 140.335 pontos
  • Dólar: +0,64%, a R$ 5,474

No radar hoje

Nos Estados Unidos, as bolsas voltaram a operar após o feriado do dia do trabalho. Analistas observaram o movimento do mercado com as tensões no comércio exterior, principalmente depois da decisão de tribunal de apelação nos EUA que a maioria das tarifas de importação adotadas pelo governo Trump são ilegais.

Observou-se também respostas de países atingidos pelo tarifaço, notadamente países do Brics, que tem demonstrado descontamento público com as medidas adotadas pelo governo americano. Brasil e México assinaram acordos que podem beneficiar o importante setor frigorífico brasileiro, que foi duramente atingido pelas tarifas de importação dos EUA.

O Brasil convocou uma reunião virtual com os líderes do Brics para a próxima segunda-feira, 8, com o objetivo de discutir formas de lidar com as tarifas de importação adotadas pelo presidente Donald Trump.

Enquanto isso, a primeira turma do STF começou o julgamento do núcleo central – incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro – de tentativa de golpe de Estado. O julgamento deve seguir durante toda essa semana e a outra.

Mercados internacionais

Na Ásia, o Hang Seng, de Hong Kong, depois de subir forte na segunda impulsionado pelas ações da Alibaba, fechou em queda de 0,47%. Já o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, recuou 0,74%.

O índice japonês Nikkei 225 subiu 0,29%, e o Topix, alta de 0,61%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve elevação de 0,94% e o Kosdaq, avanço de 1,15% - a alta se deve a divulgação do índice de preços ao consumidor, que subiu 1,7% em agosto, abaixo da previsão de 2%.

Na Índia, o Nifty 50 caiu 0,18% e o Sensex, recuo de 0,26%. O S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 0,3%.

Na Europa, as bolsas fecharam em forte queda. O francês CAC 40 caiu 0,70%, enquanto o alemão DAX recuou 2,18%, o europeu Stoxx 600 desvalorizou 1,47% e o britânico FTSE 100 teve queda de 0,91%.

Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em queda. O Dow Jones caiu 0,55%, enquanto o S&P 500 recuou 0,69% e o Nasdaq teve desvalorização de 0,82%.

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