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Ibovespa fecha em forte alta após superar os 142 mil pontos na máxima intraday

Mercado operou em meio a repercussão do balanço da Nvidia, nos Estados Unidos, e a pesquisa eleitoral no Brasil

Mercado digere o balanço da Nvidia (	Jackyenjoyphotography/Getty Images)

Mercado digere o balanço da Nvidia ( Jackyenjoyphotography/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 17h20.

Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 17h23.

O Ibovespa fechou com forte avanço nesta quinta-feira, 28, com alta de 1,32% aos 141.049 aos pontos. Às 11h38, o principal índice acionário da B3 renovou o recorde intraday ao chegar aos 142.138 pontos, com alta de 2,11%. Apesar disso, o índice não superou o recorde de fechamento do dia 4 de julho de 141.263 pontos.

O movimento de forte alta coincide com a divulgação da pesquisa Latam Pulse, realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, publicada nesta quinta-feira, 28.

O levantamento indicou que, em um eventual segundo turno das eleições presidenciais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceria atrás do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tarcísio registrou 48,4% das intenções de voto contra 46,6% de Lula.

Esta pesquisa é também a primeira divulgada em agosto que não confirma a tendência de melhora da popularidade de Lula, observada anteriormente, em meio ao tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente americano Donald Trump e à queda no preço dos alimentos.

Em comparação com o levantamento de julho, a desaprovação do presidente aumentou 1,3 ponto percentual, enquanto a aprovação caiu 2,3%.

A bolsa hoje também se movimentou em meio a digestão do mercado ao balanço da Nvidia (NVDC34), reportado na noite de ontem.

Ainda no cenário externo, o mercado repercutiu a segunda leitura do PIB do segundo trimestre de 2025 nos Estados Unidos, que indicou crescimento de 3,3%, ante retração de 0,5% nos três primeiros meses do ano.

No câmbio, o dólar fechou em leve queda, a R$ 5,4064. Na quarta-feira, 27, o principal índice da B3 fechou com forte alta de 1,04%, aos 139.205 pontos. Nos EUA, os principais índices ficaram no campo positivo: o Dow Jones subiu 0,32%, o S&P 500 teve alta de 0,24%, enquanto o Nasdaq avançou 0,21%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +1,32%, aos  141.049 aos pontos
  • Dólar: -0,20%, a R$ 5,4064

No radar hoje

O balanço da Nvidia continou repercutindo no mercado, depois das ações caírem cerca de 3% no after market. O CEO da empresa de tecnologia, Jensen Huang, tentou acalmar os investidores e reforçou confiança no negócio de inteligência artificial, mas os agentes econômicos levantaram dúvidas sobre a divisão de data centers e os negócios futuros na China.

Outro dado importante observado de perto pelos investidores refere-se aos números de julho da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, que revela expansão de 39,1% nas vendas de carros elétricos. A chinesa BYD teve crescimento impressionante de 290,6% nas vendas na comparação anual e a Tesla de Elon Musk, recuo de 33,6% no mesmo período.

Indicadores econômicos

O destaque pela manhã foi a divulgação pela FGV Ibre do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que subiu 0,36% em agosto, após queda no mês anterior de 0,77%.

O resultado ficou acima da estimativa do mercado de 0,21%. Com esse resultado, o índice acumula queda de 1,35% no ano e alta de 3,03% nos últimos 12 meses.

A alta do Índice de Preços ao Produto Amplo (IPA) — que compõe o IGP-M e responde por 60% do índice — marca a reaceleração dos preços dos produtos agropecuários, que desde maio vinham registrando quedas intensas, explica Matheus Dias, economista do FGV Ibre.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que também compõe o IGP-M — apresentou ligeira queda.

Mercados internacionais

Nos mercados internacionais, o "tarifaço" dos Estados Unidos segue no radar, depois de o governo americano de Donald Trump confirmar a taxação de importação de 50% (igual ao do Brasil) aos produtos indianos por conta do país comprar petróleo russo.

O principal índice do mercado de ações da Índia, Nifty 50, fechou com recuo de 0,85% e o Sensex, com queda de 0,87%. A bolsas voltaram a operar hoje, após um feriado local, e sentiram a pressão pela entrada em vigor das tarifas adicionais.

Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 avançou 0,75%, enquanto o Topix subiu 0,65%. Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,29% e o Kosdaq apresentou recuo de 0,41% — o Banco Central coreano manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 2,5%, o que explica a baixa do Kosdaq, um índice de pequenas empresas na bolsa.

O S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 0,22%. Já na China, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,81%. Já CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, subiu 1,77%, depois de forte recuo (1,49%) no dia anterior.

Na Europa, as bolsas fecharam mistas. O francês CAC 40 subiu 0,24%, enquanto o alemão DAX fechou estável (-0,02%), o pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,16% e o britânico FTSE 100 caiu 0,44%.

Nos Estados Unidos, os principais bolsas também fecharam de forma mista. O Dow Jones valorizou 0,16%, o S&P 500 subiu 0,32% (e superou pela primeira vez os 6.500 pontos) e o Nasdaq 100 avançou 0,53%.

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