(Paulo Whitaker/Reuters Internet)
Redatora na Exame
Publicado em 21 de maio de 2025 às 10h14.
Última atualização em 21 de maio de 2025 às 14h46.
Depois de bater a máxima histórica e romper o patamar dos 140 mil pontos da véspera, o Ibovespa aprofundou as quedas da abertura. Por volta das 14h30, negociava em baixa de 1,50%, a 138.112 pontos.
Num dia de agenda mais fraca tanto aqui quanto no exterior, o movimento está na esteira da alta dos juros futuros, que sobem junto com os rendimentos dos Treasuries americanos de maior vencimento. A virada das ações da Petrobras, que passaram para o terreno negativo, ajuda a pressionar o índice. No mesmo horário, PETR3 recuava 0,56% e PETR4 0,62%.
Já as ações da Gol (GOLL4) operam em forte alta, de 29,41%. Os investidores reagem à notícia de que a Justiça dos Estados Unidos aprovou o plano de reestruturação da companhia aérea. Ontem, os papéis da empresa fecharam com valorização de 12,09%.
O dólar, por sua vez, opera próximo à estabilidade, caindo 0,07% e cotado a R$ 5,666. O DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, caía 0,56% às 14h30.
No Brasil, o foco segue voltado para o cenário fiscal, na véspera da publicação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que deve detalhar o esforço do governo para evitar um bloqueio de recursos. A equipe econômica está dedicada aos últimos ajustes nas medidas fiscais.
O Banco Central publica à tarde o fluxo cambial semanal. Já às 18h, Nilton David, diretor do BC, participa de um seminário promovido pela FGV.
Já no cenário internacional, o destaque é a reunião dos ministros das Finanças do G7, que ocorre no Canadá. As discussões devem abordar temas como estabilidade econômica global, financiamento climático e tensões geopolíticas.
Nos Estados Unidos, os principais índices operam mistos. Por volta das 12h15, o S&P 500 caía 1,10%, o Dow Jones 1,60%, enquanto o Nasdaq caía 0,84%.
Na Europa, as bolsas encerraram o pregão sem direção única. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,06%.O DAX, de Frankfurt, avançou 0,36%. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,40%. Em Milão, o FTSE MIB teve leve alta de 0,07%.
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 21. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,45%, enquanto o CSI 300, que reúne as ações mais negociadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, avançou 0,47%.
O Kospi da Coreia do Sul subiu 0,91%, apoiado por promessas do governo de ampliar o apoio aos setores de biotecnologia e automóveis, que podem ser diretamente impactados pelas tarifas norte-americanas. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 teve alta de 0,52%. No Japão, o Nikkei 225 recuou 0,61% após dados oficiais mostrarem que o PIB japonês encolheu 0,7% no primeiro trimestre.