Ibovespa: na terça-feira, o índice fechou com alta de 1,69%, aos 137.913 pontos (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 13 de agosto de 2025 às 15h28.
Última atualização em 13 de agosto de 2025 às 15h29.
O mercado brasileiro opera em queda nesta quarta-feira, 13. Por volta das 15h30, o principal índice da B3, o Ibovespa, desvalorizava 0,58%, aos 137.115 pontos.
Na véspera, o índice fechou com avanço de 1,69%, aos 137.913 pontos. Os investidores ficaram otimistas após a divulgação de que a inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 0,26% em julho, abaixo da estimativa de 0,37% do mercado.
No mercado cambial, o dólar opera em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,398. Ontem, a divisa americana chegou ao menor patamar em 14 meses, fechando em R$ 5,385.
A queda da bolsa é puxada, principalmente, pelas varejistas que dominam as cinco maiores quedas do índice, após dados fracos do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
Na manhã de hoje, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, mostrou que as vendas no varejo recuaram 0,1% em junho na comparação com o mês anterior e subiram 0,3% sobre um ano antes, bastante abaixo das expectativas.
Pesquisa da Reuters apontava para projeções de alta de 0,70% na comparação mensal e avanço de 2,40% sobre um ano antes.
Por volta das 15h30, figuravam entre as maiores quedas da bolsa: Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com recuo de 10,89%, CVC (CVCB3), com queda de 10,78% -- caindo também depois de apresentar um balanço com resultados abaixo das expectativas, especialmente com a pressão dos resultados financeiros --, Lojas Renner (LREN3), com desvalorização de 3,29% e Grupo Azzas (AZZA3), com queda de 2,88%. O ICON, índice de consumo, que reúne as principais empresas do setor na bolsa, caía 1,03%.
Os investidores estão com as atenções voltadas para o anúncio do plano de contingência do governo brasileiro para socorrer empresas afetadas pelo aumento de tarifas do presidente norte-americano Donald Trump.
O plano estabelece uma linha de crédito de R$ 30 bilhões com juros subsidiados, compras governamentais e medidas tributárias, como a de devolução de tributos pagos.
No cenário internacional, dirigentes do Federal Reserve voltam a falar hoje e podem consolidar as apostas quase unânimes de corte de juros na reunião de setembro. A agenda inclui o discurso de Austan Goolsbee (Fed de Chicago) e de Raphael Bostic (Fed de Atlanta).
Ainda nos EUA, saíram os dados de estoques de petróleo da semana até 1º de agosto. Segundo o Departamento de Energia (DoE), os estoques de petróleo bruto nos EUA aumentaram em 3,04 milhões de barris na semana passada, ante o consenso de -800 mil. Estoques de gasolina diminuíram em 792 mil (consenso -1 milhão). Destilados aumentaram para 714 mil barris (consenso 350 mil).
No noticiário corporativo, a temporada de balanços na B3 entra na reta final. Após o fechamento, divulgam números Allos, Casas Bahia, Eneva, Equatorial, Hapvida, JBS, PagBank, Positivo, Raízen, SLC Agrícola, Taesa e Ultrapar.
As bolsas asiáticas encerraram majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 13, seguindo o otimismo de Wall Street coma as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. O japonês Nikkei 225 avançou 1,3%, para o recorde de 43.274,67 pontos, e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,58%, puxado por ações de tecnologia.
Na Europa, os principais índices fecharam em terreno positivo. O alemão DAX subiu 0,53%, o francês CAC 40 avançou 0,66% e o europeu Stoxx 600 registrou alta de 0,55%, enquanto o britânico FTSE 100 teve valorização de 0,17%.
Nos Estados Unidos, por volta das 15h30, os índices operavam em alta, com o Dow Jones subindo de 0,84%, o S&P 500 avançando 0,19% e o Nasdaq 100 valorizando 0,10%.