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Fim da paralisação nos EUA e início da COP30: o que move os mercados

Natura, Azzas, Braskem, Itaúsa, MBRF, Movida, Sabesp e São Martinho divulgam resultados nesta segunda-feira, 10

Natura: empresa divulga balanço após o fechamento do mercado (Leandro Fonseca/Exame)

Natura: empresa divulga balanço após o fechamento do mercado (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 10 de novembro de 2025 às 07h59.

Os mercados iniciam a semana com otimismo após o Senado dos Estados Unidos chegar a um acordo para encerrar a paralisação do governoa mais longa da história americana. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara, onde enfrenta resistências por não incluir a prorrogação dos subsídios do Obamacare.

Esta segunda-feira, 10, também marca uma agenda cheia no Brasil e no exterior. Na política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre oficialmente a COP30, que reúne líderes globais em Belém para discutir o avanço das metas climáticas.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, participa em Basileia das “Bimonthly Meetings”, promovidas pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).

No Brasil, o BC realiza às 10h uma coletiva sobre a regulamentação de negociações com ativos virtuais.

Na agenda de indicadores, o destaque doméstico é o Boletim Focus, divulgado às 8h25, com projeções atualizadas para inflação, PIB, câmbio e Selic. Antes, às 8h, sai a prévia do IPC-S da FGV, e às 15h a balança comercial semanal da Secex.

No exterior, líderes latino-americanos e europeus se reúnem na Cúpula Celac-União Europeia, na Colômbia, para tratar de comércio e integração regional.

A temporada de balanços corporativos entra na reta final na B3. Após o fechamento dos mercados, Azzas, Braskem, Even, Itaúsa, MBRF, Movida, Natura, Sabesp e São Martinho divulgam seus resultados.

Ásia e Europa em alta

As bolsas globais operam em alta nesta segunda-feira, 10. Na Ásia, os mercados fecharam em alta após dados de inflação da China virem acima das expectativas.

O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% em outubro na comparação anual, superando a projeção de estabilidade feita por economistas consultados pela Reuters. Já o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda de 2,1%, um recuo mais brando do que a contração de 2,2% esperada pelo mercado.

Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,55%, e o CSI 300, da China continental, teve leve ganho de 0,35%. O Kospi, da Coreia do Sul, saltou 3,02%, liderado por bancos e seguradoras, enquanto o Kosdaq subiu 1,32%.

No Japão, o Nikkei 225 avançou 1,33% e o Topix, 0,56%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou em alta de 0,75%, e na Índia, o Sensex e o Nifty 50 subiram 0,38% e 0,32%, respectivamente.

Na Europa, os índices operavam com forte avanço no início do pregão, impulsionados pela expectativa de um acordo bipartidário no Senado americano que pode reabrir o governo federal.

Às 7h45 (horário de Brasília), o Stoxx 600 subia 1,40%, o DAX, de Frankfurt, ganhava 1,84%, o CAC 40, de Paris, avançava 1,37%, e o FTSE 100, de Londres, tinha alta de 1,06%.

Nos Estados Unidos, os futuros também indicavam recuperação. Às 7h45, os contratos do S&P 500 subiam 0,96%, os do Dow Jones, 0,43%, e os do Nasdaq 100, 1,50%. Na semana passada, o Nasdaq acumulou queda de 3%, sua pior desde abril, refletindo a correção em papéis ligados à IA.

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