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Feriado nos EUA, IPC-S no Brasil e PMIs europeus: o que move o mercado

PIB do 2º trimestre no Brasil, julgamento de Bolsonaro no STF e payroll nos EUA concentram atenções dos investidores nos próximos dias

B3: pregão em São Paulo reflete dia de liquidez reduzida com feriado nos EUA e indicadores no radar (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

B3: pregão em São Paulo reflete dia de liquidez reduzida com feriado nos EUA e indicadores no radar (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 08h09.

A semana começa com os mercados de Nova York fechados pelo feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, o que tende a reduzir a liquidez dos pregões nesta segunda-feira, 1º. Ainda assim, a agenda local e internacional traz dados importantes para investidores, em especial sobre inflação no Brasil e atividade na Europa.

Logo cedo, às 4h55, saiu a leitura final do PMI industrial da Alemanha, que avançou para 49,8, maior nível desde 2022, mas ainda em contração.

Às 5h, foi a vez da zona do euro, que registrou 50,7 pontos, voltando ao território de expansão, seguida pelo Reino Unido, às 5h30, com queda do índice para 47,0. Já às 6h, a taxa de desemprego da zona do euro em julho foi confirmada em 6,2%, mínima histórica.

No Brasil, a agenda doméstica desta segunda tem como destaque o IPC-S de agosto, divulgado às 8h pela Fundação Getulio Vargas, e o Relatório Focus do Banco Central, às 8h25, com projeções atualizadas para inflação, PIB, câmbio e juros.

À tarde, às 14h30, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de conferência na Alemanha. Nos Estados Unidos, não há pregão em razão do feriado.

Agenda da semana

No Brasil, os investidores acompanham amanhã a divulgação do PIB do segundo trimestre, que deve mostrar os efeitos dos juros elevados sobre a atividade econômica e pode influenciar as expectativas em torno da Selic. Já na quarta-feira saem os números da produção industrial de julho.

Na agenda política, o destaque é o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir desta terça-feira. Ele e outros sete réus respondem por tentativa de golpe de Estado.

Nos Estados Unidos, os investidores acompanham de perto os dados do mercado de trabalho, que devem orientar as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed). Na quarta-feira será conhecido o relatório Jolts de vagas em aberto, na quinta o ADP de empregos privados e, na sexta, o payroll de agosto. Também entram no radar o Livro Bege e os índices de atividade do ISM.

Mercados internacionais

As bolsas europeias abriram setembro em alta, apoiadas pelos setores de defesa e saúde. O índice Stoxx Aerospace and Defense subia 1,65% após o anúncio de um contrato de £10 bilhões do governo da Noruega para navios britânicos, impulsionando as ações da BAE Systems, Renk Group e Babcock International.

Já a farmacêutica Novo Nordisk avançava 3% após divulgar novos dados favoráveis do medicamento Wegovy, em comparação aos rivais da Eli Lilly.

Por volta das 7h50, o Stoxx 600 ganhava 0,09%, o alemão DAX avançava 0,24% e o britânico FTSE 100 subia 0,04%, enquanto o francês CAC 40 recuava 0,01%.

Na Ásia, os pregões fecharam mistos. O Hang Seng, em Hong Kong, saltou 2,17%, com destaque para a disparada de 18,6% das ações da Alibaba. Já o CSI 300, da China continental, avançou 0,6%.

No Japão, o Nikkei 225 recuou 1,24%, pressionado por perdas em fabricantes de semicondutores como Advantest e Disco Corp, enquanto o Topix caiu 0,39%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 1,35% e o Kosdaq recuou 1,49%. O australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,51%.

Entre as commodities, o petróleo operava em leve alta, após perdas superiores a 7% em agosto, refletindo preocupações com a oferta diante da guerra na Ucrânia e das sanções ao petróleo russo, enquanto o mercado segue atento ao aumento da produção da Opep+.

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