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Elon Musk afirma que continuará como CEO da Tesla em cinco anos

Em entrevista à Bloomberg TV, o bilionário ainda afastou preocupações sobre o desempenho das vendas da Tesla

Elon Musk: bilionário descarta deixar cargo de liderança na Tesla (Jordan Vonderhaar/Bloomberg/Getty Images)

Elon Musk: bilionário descarta deixar cargo de liderança na Tesla (Jordan Vonderhaar/Bloomberg/Getty Images)

Publicado em 20 de maio de 2025 às 10h30.

Última atualização em 20 de maio de 2025 às 10h57.

Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA) e homem mais rico do mundo, afirmou nesta terça-feira, 20, que pretende continuar no comando da montadora de carros elétricos pelos próximos cinco anos.

Questionado sobre a certeza dessa decisão, Musk respondeu rindo: “Bem, não, eu posso morrer”.

Em entrevista à Bloomberg TV, o bilionário afastou preocupações relacionadas ao desempenho das vendas da Tesla, destacando que a desaceleração na Europa é o principal fator que tem impactado os números da empresa.

Apesar disso, Musk afirmou que a Tesla tem conquistado clientes com "perfil político mais à direita, compensando a queda na base tradicionalmente alinhada à esquerda".

Sobre a onda de ataques direcionados a ele e às suas empresas, Musk declarou que os responsáveis estão agindo de “forma maligna”.

Ele revelou ter recebido ameaças de morte, ressaltando que não causou mal a ninguém. Para o executivo, medidas rigorosas precisam ser adotadas contra esses agressores, e alguns acabarão na prisão “e merecem isso”. “Eles estão do lado errado da história”, afirmou.

Apesar das críticas e ameaças, Musk disse não se arrepender de seu posicionamento político. “Fiz o que precisava ser feito”, afirmou.

Na manhã desta terça-feira, por volta das 10h36, no horário de Brasília, as ações da Tesla chegaram a subir cerca de 3%.

Futuro da SpaceX

Musk também comentou sobre sua empresa de exploração espacial, a SpaceX, descartando qualquer possibilidade de atuação no setor de armamentos.

“A SpaceX não trabalha com drones. Ela constrói foguetes, satélites e terminais de internet”, afirmou.

Segundo Musk, a empresa está próxima de ser responsável por 80% de todos os satélites ativos em órbita, crescimento impulsionado principalmente pelas missões do projeto Starlink, que oferece internet banda larga para clientes ao redor do mundo.

Embate com a OpenAI

Em relação ao processo judicial contra a OpenAI, Musk afirmou que seguirá com a ação mesmo após a empresa ter recuado parcialmente de seus planos de se reestruturar como uma organização com fins lucrativos. O CEO minimizou as recentes mudanças anunciadas pela OpenAI, afirmando que “isso é apenas o que eles disseram à imprensa”.

A OpenAI havia anunciado que avançaria com a transformação de sua divisão lucrativa em uma public benefit corporation, ou seja, uma empresa com propósito público. Contudo, o controle geral do negócio permanecerá sob a gestão da entidade sem fins lucrativos. Musk demonstra ceticismo sobre se essas alterações são suficientes para resolver as questões levantadas em seu processo.

Sobre a regulação da IA, Musk afirmou que "não é que as pessoas não precisem dela".

“Você deve pensar nelas [nas leis] como um árbitro no esporte”, ele acrescentou. “Você precisa de alguns, mas não de muitos. Às vezes, parece que temos mais árbitros do que jogadores em campo", disse.

Parceria com Trump e participação no DOGE

Ainda sobre a sua participação na política, Musk afirmou que não há conflito de interesses. Segundo ele, ele é "apenas um conselheiro no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE)" do governo Trump.

“Eu não tenho poder formal. E é isso. O presidente pode escolher seguir meu conselho ou não", afirmou.

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