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Dona da Olympikus lucra R$ 547 milhões no 3º tri e anuncia dividendos

Linha final do balanço foi beneficiada por reconhecimento de crédito de PIS/Cofins; sem esse efeito, lucro da Vulcabras foi de R$ 163,2 milhões

Vulcabras - fabrica de calçados em Perobé - RS

Foto: Leandro Fonseca
Data: 14/05/2025 (Leandro Fonseca /Exame)

Vulcabras - fabrica de calçados em Perobé - RS Foto: Leandro Fonseca Data: 14/05/2025 (Leandro Fonseca /Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 20h34.

Última atualização em 30 de outubro de 2025 às 20h47.

A Vulcabras (VULC3), dona da Olympikus, reportou nesta quinta-feira, 30, lucro líquido societário de R$ 547,2 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), um aumento de 217,8% sobre igual etapa do ano passado. O resultado foi positivamente impactado em R$ 384 milhões pelo reconhecimento de créditos de PIS/Cofins aferidos em controladas, além do reconhecimento de IRPJ e CSLL diferidos sobre prejuízos fiscais.

Já o lucro líquido recorrente, que exclui esse efeito, foi de R$ 163,2 milhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 11,6% sobre igual etapa do ano passado.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) recorrente totalizou R$ 211,2 milhões, um crescimento de 13,8% em relação a um ano antes.

A margem EBITDA recorrente atingiu 22,1% entre julho e setembro deste ano, baixa de 1,5 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada no mesmo período do ano passado.

A receita líquida somou R$ 955,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, crescimento de 21,8% na comparação com igual etapa de 2024, "sustentada pelo fortalecimento das marcas, atuações estratégicas nos canais de venda e equilíbrio de portfólio".

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 395,8 milhões no 3T25, um aumento de 17,1% na comparação anual. A margem bruta, por sua vez, atingiu 41,4%, um recuo de 1,7 ponto percentual nessa mesma base de comparação.

As despesas operacionais somaram R$ 221,3 milhões, um crescimento de 18,1% ano a ano.

Volume

No terceiro trimestre, o volume bruto faturado alcançou 9 milhões de pares e peças, um aumento de 7,7% em relação aos 8,3 milhões registrados no mesmo período de 2024.

Entre as categorias, o destaque ficou para calçados esportivos, que acelerou seu ritmo de expansão e registrou crescimento de 8,5% no trimestre, impulsionado pela maior demanda nos mercados interno e externo, com desempenho consistente das três marcas da companhia.

A categoria outros calçados manteve trajetória positiva, com avanço de 7,1%, sustentado pela forte procura por chinelos esportivos, que continuam ganhando relevância no mix de produtos.

Já vestuário e acessórios apresentou crescimento de 5,5%, impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho dos produtos da marca Olympikus, refletindo o fortalecimento da presença da companhia nesse segmento e a consolidação da estratégia de diversificação do portfólio.

Alavancagem financeira

Em 30 de setembro de 2025, a dívida líquida da companhia era de R$ 436,3 milhões, sendo R$ 413,7 milhões superior a observada em 31 de dezembro de 2024.

O aumento ocorreu em função da captação realizada em julho, por meio de debêntures no montante de R$ 500 milhões, em função do maior capital de giro necessário, da aceleração dos investimentos em capital (Capex) e da distribuição de dividendos.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,5 vez em setembro de 2025.

Vulcabras aprova dividendos e aumento de capital

O Conselho de Administração da Vulcabras aprovou a distribuição de dividendos e um aumento de capital social.

A companhia distribuirá R$ 597,7 milhões em dividendos, sendo R$ 578,3 milhões em dividendos intercalares, com base no lucro acumulado até 30 de setembro de 2025, e R$ 19,3 milhões em dividendos intermediários, oriundos da reserva estatutária de lucros.

Os acionistas posicionados em 4 de novembro de 2025 terão direito aos proventos, e as ações passam a ser negociadas ex-dividendos a partir de 5 de novembro, com pagamento em 15 de dezembro. O valor total equivale a R$ 2,20 por ação.

Além disso, foi aprovado um aumento de capital de até R$ 597,7 milhões, mediante emissão privada de até 43,47 milhões de novas ações ordinárias, ao preço de R$ 13,75 por ação.

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