Mercados

Dólar tem menor valor em 5 meses com expectativa de vitória de Bolsonaro

Investidores seguem otimistas com o desfecho eleitoral deste domingo minimizando ultimo Datafolha que apontou uma menor distância entre os candidatos

Dólar: moeda americana fechou nesta sexta-feira, 26, a R$3,65 (Sertac Kayar/Reuters)

Dólar: moeda americana fechou nesta sexta-feira, 26, a R$3,65 (Sertac Kayar/Reuters)

Janaína Ribeiro

Janaína Ribeiro

Publicado em 26 de outubro de 2018 às 17h23.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 17h41.

São Paulo - O dólar terminou a sexta-feira com queda firme e a 3,65 reais, menor valor em 5 meses, com os investidores otimistas com o desfecho eleitoral do domingo, acreditando na vitória de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT).

Desta forma, o mercado minimizou não só a pesquisa Datafolha da véspera, que mostrou uma distância menor entre os dois candidatos, como também o cenário externo adverso nesta sessão. O dólar recuou 1,32 por cento, a 3,6546 reais na venda, menor valor desde os 3,6483 de 24 de maio de 2018. Na semana, a moeda dos EUA recuou 1,62 por cento ante o real.

O dólar acumulou perdas ante o real pela sexta semana consecutiva, acumulando, no período, retração de 12,29 por cento.

A sequência de seis quedas semanais se iguala à registrada entre 26 de junho e 4 de agosto de 2017, intervalo no qual a moeda norte-americana recuou 6,40 por cento e é a maior sequência desde as nove semanas consecutivas de baixa, entre 19 de dezembro de 2016 a 17 de fevereiro de 2017, quando o dólar ficou 8,78 por cento mais barato que o real.

Na mínima, a moeda foi a 3,6442 reais e, na máxima, a 3,7310 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1,50 por cento.

Na mínima, a moeda foi a 3,6442 reais e, na máxima, a 3,7310 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1,50 por cento.

"O mercado olha que não dá tempo de Haddad tirar a quantidade de votos necessária para vencer", comentou o economista-chefe do Banco Confidence, Robério Costa, ao destacar que a pesquisa Datafolha, entretanto, pesou negativamente no início do negócios, quando o dólar chegou a subir.

Os levantamentos XP/Ipespe e Crusoé/Empiricus/Paraná, também divulgados pela manhã, contudo, mostraram números melhores para Bolsonaro, levando uma reversão do movimento.

Segundo o Datafolha, a distância entre Bolsonaro e Haddad caiu 6 pontos em uma semana, para 12 pontos. Além disso, a rejeição a Bolsonaro variou para 44 por cento, de 41 por cento, enquanto a de Haddad oscilou para 52 por cento, de 54 por cento.

O levantamento XP/Ipespe manteve distância de 16 pontos entre ambos, enquanto a Crusoé/Empiricus/Paraná também manteve praticamente inalterada a distância de 21 pontos.

À tarde, o dólar renovou mínimas ante o real com alguns investidores zerando posições compradas antecipando o desfecho das urnas no domingo.

No exterior, a alta do dólar também perdeu força ante as divisas de países emergentes e ajudou a aliviar a trajetória local. O ambiente de aversão ao risco, no entanto, predominou, com destaque para a nova sessão de forte queda das bolsas norte-americanas.

O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 7,315 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. (Edição de Raquel Stenzel e Iuri Dantas)

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarJair BolsonaroEleições 2018

Mais de Mercados

Omnicare, da CVS, pede falência após condenação de US$ 949 milhões

Oracle nomeia dois novos co-CEOs em meio à expansão em IA

Spirit Airlines vai deixar em licença 1.800 comissários durante 2ª falência em menos de um ano

Tarifaço reduz exportações de tecnologia da China para os EUA, mas Ásia mantém crescimento