EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2011 às 11h04.
São Paulo - O dólar tinha leve queda ante o real nesta quinta-feira, atento à fraqueza global da moeda um dia após comentários do chairman do Federal Reserve sugerirem mais estímulos econômicos à frente.
A estabilização nos mercados de ações norte-americanos, depois da divulgação de dados positivos sobre a economia daquele país, também ajudava a diminuir a demanda por dólares.
Às 10h52, a taxa de câmbio recuava 0,13 por cento, para 1,572 real na venda. Ao mesmo tempo, o índice DXY - que mede o valor do dólar contra uma cesta de divisas - perdia 0,47 por cento.
O mercado seguia avaliando comentários do chairman do Fed, Ben Bernanke, feitos na véspera, de que o banco central dos EUA está pronto para agir caso a economia do país enfraqueça.
A fala de Bernanke foi entendida como um sinal de que o Fed pode embarcar em outra rodada de estímulos, o que se traduziria em mais liquidez e, provavelmente, mais fluxos de capital para economias de rápido crescimento, como o Brasil.
"A tendência do dólar é de baixa, não tem jeito. Houve alguns ruídos sobre medidas que chegaram a deixar o mercado em alerta, mas depois do Bernanke ontem volta a perspectiva de liquidez abundante no mundo, e que boa parte dessa liquidez virá para cá", disse Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.
Nesta sessão, dados positivos sobre a economia norte-americana ajudavam a manter o clima mais ameno nos mercados.
Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos diminuíram na última semana, para 405 mil ante 427 mil no período anterior. Além disso, as vendas no varejo naquele país surpreenderam e tiveram alta de 0,1 por cento em junho, contrariando expectativa de queda.
O apetite por risco, no entanto, era contido pelas constantes preocupações com a crise de dívida na Europa. O salto nos yields exigidos por investidores para comprarem títulos públicos italianos serviu para lembrar que os problemas em nações periféricas da zona do euro podem se agravar e contaminar outras economias do bloco.
Apesar disso, o euro subia ante o dólar, reagindo à melhora relativa nos mercados.