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Redação Exame
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 19h39.
Pela segunda sessão seguida, o dólar à vista caiu frente ao real. A moeda americana caiu mais 0,24% e ficou cotada a R$ 5,348 nas negociações desta quinta-feira, 6, cotada a R$ 5,361, após chegar aos R$ 5,36 na máxima e ter atingido o valor de R$ 5,331 na mínima intradiária.
De acordo com operadores do mercado financeiro, a desvalorização da divisa é reflexo da decisão nesta quarta-feira, 5, do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano.
Esse patamar de juros, o mais alto desde julho de 2006, reforça a atratividade dos ativos reais, favorecendo o ingresso do capital estrangeiro e impactando ma valorização do real.
"Vemos um diferencial de juros muito elevado na comparação com os Estados Unidos. Essa taxa para a operação de carry trade, que é essa operação diferencial de juros, é muito atrativo. Então o Brasil segue como a maior juro real do mundo e acabamos vendo uma entrada de dólares muito forte", disse Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital.
A ausência de novos choques geopolíticos também contribui para um dia de menor aversão ao risco e favorece as moedas emergentes, de acordo com Marcelo Boragini, especialista em renda variável na Davos Investimentos.
"O fluxo cambial positivo, impulsionado por captações externas e exportações completa esse cenário, esse quadro de apreciação do real frente ao dólar", afirma.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é bastante utilizado em operações de curto prazo feitas por empresas e instituições financeiras.
A cotação do dólar à vista reflete o valor real de mercado no momento da transação, oferecendo transparência para quem precisa fechar negócios com rapidez.
O dólar futuro corresponde a contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Essa modalidade é negociada na Bolsa de Valores e ajuda empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial.
Sua cotação varia conforme as expectativas do mercado em relação à economia, podendo se distanciar bastante do dólar à vista em momentos de incerteza.