China e EU reduziram as taxas sobre os bens e mercadorias por 90 dias. (Brendan SMIALOWSKI /AFP)
Redação Exame
Publicado em 12 de maio de 2025 às 17h17.
O dólar fechou em alta de 0,52%, a R$ 5,684, depois de oscilar entre R$ 5,660 e R$ 5,706 nesta segunda-feira, 12, em dia de trégua entre EUA e China. O movimento, no entanto, foi mais suave quando comparado à alta da moeda americana frente a outras moedas. O DXY, índice que mede o desempenho da divisa americana frente a uma cesta de outras moedas, avança 1,45%.
Às 17h05, o dólar futuro para junho subia 0,57%, a R$ 5,7070. O euro caía 1,39%, a US$ 1,1090. E a libra recuava 0,94%, para US$ 1,3176.
"O entendimento entre China e Estados Unidos reduz as chances de uma recessão na economia chinesa e no resto do mundo, o que é positivo para as exportações brasileiras, principalmente as de commodities, o que pode contribuir para uma depreciação menos intensa do real", explica André Valério, economista sênior do Inter.
As duas maiores economias do mundo reduziram as taxas sobre os bens e mercadorias por 90 dias. Durante o período, a tarifa dos EUA sobre os produtos chineses vão de 145% para 30%, já as taxas da China sobre os produtos norte-americanos passarão de 125% para 10%. O acordo afasta o medo de uma recessão global, reacendendo o apetite por risco dos investidores. Assim, o fluxo retorna às bolsas americanas após uma forte saída vista nas últimas semanas.
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. Esse tipo de câmbio é amplamente utilizado por empresas e instituições financeiras em operações de curto prazo, oferecendo uma cotação com base no valor real de mercado no momento da transação.
O dólar futuro é uma cotação projetada para contratos de compra e venda de dólares a serem liquidados em datas futuras. Esse tipo de dólar é negociado na Bolsa de Valores, permitindo que empresas e investidores se protejam contra a volatilidade cambial. A cotação do dólar futuro pode variar bastante, pois leva em consideração as expectativas do mercado sobre a economia.