Mercados

Emissão recorde de US$ 11 bilhões da Petrobras afeta dólar

Operação da estatal teve demanda de cerca de 45 bilhões de dólares; é maior emissão já feita por uma empresa nos mercados emergentes


	Dólar: A divisa norte-americana perdeu 0,75 % ante o real e fechou a 2,0092 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 3,2 bilhões de dólares
 (Getty Images)

Dólar: A divisa norte-americana perdeu 0,75 % ante o real e fechou a 2,0092 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 3,2 bilhões de dólares (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 19h00.

São Paulo - O dólar encerrou em queda ante o real nesta segunda-feira, com a expectativa de maior entrada de divisas no país em função da emissão externa de títulos da Petrobras e também por ajuste técnico após dois dias de ganhos.

A divisa norte-americana perdeu 0,75 % ante o real e fechou a 2,0092 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 3,2 bilhões de dólares.

"Há expectativa de ingresso de divisas", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "Após a colocação do título soberano do Tesouro, abriu-se aí uma janela para empresas nacionais voltarem a atuar nesse mercado".

O Tesouro brasileiro emitiu na semana passada 800 milhões de dólares na reabertura do título Global 2023 nos mercados internacionais, na primeira emissão externa do governo brasileiro em oito meses.

A emissão soberana foi seguida pela estatal Petrobras , que lançou nesta segunda-feira 11 bilhões de dólares em títulos de 3, 5, 10 e 30 anos, em seis tranches. A operação teve demanda de cerca de 45 bilhões de dólares, informou o IFR, um serviço da Thomson Reuters.

Além disso, a emissão da maior empresa estatal brasileira segue a retomada de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) no fim de abril, com as operações da BB Seguridade e da Smiles, que movimentaram cerca de 13 bilhões de reais.

As transações deram força à expectativa de que a economia brasileira deve receber mais dólares no futuro, fortalecendo o real. Essa perspectiva é corroborada também pelo ambiente de liquidez abundante nos mercados internacionais devido à política monetária frouxa conduzida por bancos centrais de países desenvolvidos.

O dólar também caiu por conta de um ajuste técnico, após ter subido mais de 1 % ante o real nas duas sessões anteriores, alimentando as expectativas de que o BC possa atuar no mercado.

"O dólar não sobe acima desse parâmetro de 2,01, 2,02 reais porque tem essa perspectiva de que o BC intervenha", disse o diretor executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

Boa parte dos analistas acredita que a autoridade monetária trabalhe com uma banda informal para o dólar, entre 1,95 e 2,03 reais.

Atualizada às 18h13

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCapitalização da PetrobrasDólarEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoMoedasPETR4PetrobrasPetróleoReal

Mais de Mercados

Tecnisa faz acordo com Cyrela para venda de sete terrenos em SP por RS 450 milhões

Carro autônomo da Tesla se 'autoentrega' da fábrica até a casa do cliente pela primeira vez

Marfrig investe R$ 548 milhões em novo complexo industrial e triplica capacidade de abate

Dólar fecha em queda em meio a ruídos sobre tarifas no exterior