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DIs seguem estáveis, olham aversão externa e Palocci

São Paulo - As projeções de juros operavam estáveis nesta sexta-feira após a divulgação dos dados do PIB, com o mercado mostrando cautela em meio a dados externos fracos e à espera de alguns desenvolvimentos internos. Bastante aguardados pelos analistas, os dados do Produto Interno Bruto vieram em linha com o esperado e não geraram […]

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 11h06.

São Paulo - As projeções de juros operavam estáveis nesta sexta-feira após a divulgação dos dados do PIB, com o mercado mostrando cautela em meio a dados externos fracos e à espera de alguns desenvolvimentos internos.

Bastante aguardados pelos analistas, os dados do Produto Interno Bruto vieram em linha com o esperado e não geraram mudanças nas apostas, que continuam precificando duas altas juros de 0,25 ponto na Selic, em junho e em julho.

Às 10h40, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,33 por cento, mesmo nível do ajuste da véspera. O DI janeiro de 2013 estava em 12,48 por cento, contra 12,49 por cento.

"O clima é de aversão, com os números fracos de emprego dos Estados Unidos. O DI está parado em função disso. Você tem sinais de que a economia norte-americana está crescendo mais devagar do que os analistas estavam esperando", disse Eduardo Galasini, gerente de renda fixa do Banco Banif.

A economia dos Estados Unidos criou 54 mil postos de trabalho em maio, ante previsão de 150 mil empregos.

"Aqui, espera-se as declarações do (ministro-chefe da Casa Civil, Antonio) Palocci. Pode ser um fator que pode mexer, mas o mercado nao consegue precificar isso ainda. Se ele convencer, o juro pode manter a estabilidade, até caindo. Se não, vai ter movimento (para cima)." Palocci enfrenta uma crise em meio a indagações sobre o aumento de seu patrimônio.

Na agenda interna do dia, dados mostraram que a economia brasileira cresceu 1,3 por cento no primeiro trimestre deste ano em comparação com o final de 2010 e 4,2 por cento na comparação com igual período do ano passado. Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento de 1,2 por cento na comparação trimestral e de 4,25 por cento na relação anual.

O mercado aguarda agora na semana que vem a divulgação do IPCA e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Pesquisa da Reuters publicada na véspera mostrou que todas as 21 instituições financeiras ouvidas preveem aumento de 0,25 ponto percentual da Selic na próxima quarta-feira, para 12,25 por cento ao ano. De 14 economistas que informaram previsão para depois de junho, 11 estimam novo aumento de 0,25 ponto da Selic no encontro de 19 e 20 de julho.

O mercado de juros futuros também está precificando esses dois aumentos.

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