Mercados

Convênio entre CVM e Bovespa resulta em poucas multas

Durante o primeiro trimestre de vigência do acordo, a bolsa analisou 4.507 documentos e emitiu 662 ofícios para as companhias com alertas para atualização de documentos

Do total, em 88% dos casos (585 demandas) as empresas atenderam a exigência e o caso não precisou ser encaminhado à CVM (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

Do total, em 88% dos casos (585 demandas) as empresas atenderam a exigência e o caso não precisou ser encaminhado à CVM (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 16h06.

São Paulo - O convênio firmado entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a BM&FBovespa para fiscalização conjunta da divulgação de informações ao mercado resultou em um número baixo de multas às empresas listadas, de acordo com o superintendente de relações com empresas da CVM, Fernando Soares Vieira. Durante o primeiro trimestre de vigência do acordo, a Bolsa analisou 4.507 documentos e emitiu 662 ofícios para as companhias com alertas para atualização de documentos ou inclusão de informações.

Do total, em 88% dos casos (585 demandas) as empresas atenderam a exigência e o caso não precisou ser encaminhado à CVM. "Nos outros 12% dos casos, a maioria das empresas acionadas pela CVM respondeu à determinação da autarquia no prazo estipulado, resultando em um número muito baixo de multas", explicou Vieira, sem precisar a quantidade de autuações feitas.

Dos 662 ofícios enviados pela BM&FBovespa às empresas, a maioria (43% ou 284 alertas) teve relação com a publicação de demonstrações financeiras. O segundo item que mais gerou questionamento foi o Formulário de Referência e o Formulário Cadastral, respondendo por 36% dos alertas emitidos. Solicitação de esclarecimentos relativos às oscilações e movimentações atípicas de ações, fatos relevantes, comunicados ao mercado e outros embasaram 11% das notificações da Bolsa, enquanto a fatia correspondente a documentos relacionados a assembleias e reuniões da administração foi de apenas 10%.

De acordo com Vieira, o convênio com a BM&FBovespa contribui para um trabalho de regulação do mercado mais organizado e evita a sobreposição de atuação entre os dois órgãos. "Com a ajuda da Bolsa, a CVM pode se dedicar a ações que competem somente à autarquia", destacou.

Nesta manhã, BM&FBovespa e CVM organizaram o seminário "Formulário de Referência e Empresas.Net 2012", na sede da Bolsa, para apresentar os resultados do primeiro trimestre de vigência do convênio firmado em dezembro de 2011. Segundo o superintendente da CVM, embora não estejam previstas grandes mudanças para os próximos meses, a autarquia pretende junto com a Bolsa promover alguns ajustes e alinhar ainda mais a regulação conjunta.

Antes do convênio formal, CVM e BM&FBovespa já tinham acordo informal de fiscalização com o intuito de evitar sobreposição de esforços.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosB3bolsas-de-valoresCVM

Mais de Mercados

Reservas de BCs com ouro ultrapassam as de títulos do Tesouro dos EUA pela 1ª vez desde 1996

Dólar sobe pela 3ª sessão seguida com aumento de percepção de risco sobre economia global

Ibovespa fecha em queda com mercado repercutindo resultado do PIB do segundo trimestre

Warren Buffett diz estar frustrado com a divisão da Kraft Heinz; ações caem após declaração