BTG: Retorno sobre patrimônio ficou em 27,1%, muito acima dos 23,2% do tri anterior (BTG Pactual/Divulgação)
Editora do EXAME IN
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 15h37.
As ações do BTG Pactual (BPAC11, do mesmo grupo de controle de Exame) sobem mais de 13% e lideram as altas do Ibovespa nesta terça-feira, 12, depois de um resultado muito acima do esperado pelo mercado.
O lucro veio em R$ 4,18 bilhões, alta de 42% em relação ao mesmo período de 2024 e 14% acima do consenso. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) chegou a 27,1%, contra expectativa de 24,2% do mercado.
“Foi uma performance muito forte que deve levar a revisão positiva nas expectativas de lucro e puxar as ações”, disseram os analistas do Itaú BBA. O banco aumentou o preço-alvo para BPAC11 de R$40 para R$ 48 ao fim de 2026.
O desempenho acima do esperado foi puxado sobretudo pelo recorde de receitas na área de investment banking, que cresceu 40% em relação aos primeiros três meses do ano.
A divisão de sales and trading, que inclui a corretora e operações de tesouraria, também teve um desempenho fora da curva, com faturamento de R$ 1,9 bilhão, contra os R$ 1,3 bilhão no trimestre anterior.
Apesar de a surpresa positiva ter vindo da performance tenha vindo de duas divisões com resultados mais voláteis, o BTG deve ser capaz de replicar o bom desempenho em outros trimestres, diz o Safra.
O banco destacou que o BTG vem construindo uma “fundação sólida” em linhas de receita resilientes, como corporate lending, wealth management e a área de ‘interest and other’, que vem crescendo em taxas acima de 30% no ano contra ano.
“Com uma expansão significativa na carteira de crédito, captação líquida consistente na área de wealth (o que sugere ganhos de market share) e o patrimônio sendo remunerado a uma taxa de juros a 15%, não acreditamos que a performance do segundo trimestre seja um evento extraordinário”, afirmaram os analistas em relatório.