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Bolsas da Ásia caem e Europa abre no vermelho com inflação e tarifas no radar

Dados de inflação no Reino Unido e nos EUA, tensões comerciais e balanços de grandes bancos pesam sobre os mercados globais nesta quarta-feira

Seul, na Coreia do Sul: o índice Kospi terminou o dia com queda de 0,9% (Sunho Kim / EyeEm/Getty Images)

Seul, na Coreia do Sul: o índice Kospi terminou o dia com queda de 0,9% (Sunho Kim / EyeEm/Getty Images)

Publicado em 16 de julho de 2025 às 06h15.

As bolsas internacionais operam com volatilidade na manhã desta quarta-feira, 16, com investidores digerindo dados de inflação dos Estados Unidos e do Reino Unido, novos capítulos da guerra comercial liderada por Donald Trump e expectativas por balanços de grandes bancos norte-americanos.

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente no vermelho. O Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,9%, enquanto o S&P/ASX 200, da Austrália, recuou 0,79%. Na China, o índice CSI 300 perdeu 0,3%, e o Nikkei 225, do Japão, encerrou estável.

As bolsas asiáticas reagiram à notícia de um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e Indonésia, que prevê tarifa de 19% sobre produtos exportados pelo país asiático, e também ao avanço das ações de tecnologia na China, impulsionadas pela liberação das exportações de chips dos EUA.

Mercado europeu

Na Europa, o clima é de cautela nesta manhã. Por volta das 5h50 (de Brasília), o índice Stoxx 600 recuava 0,13%, enquanto o francês CAC 40 caía 0,02%, pressionado pela forte baixa de 16,6% nas ações da Renault. A montadora revisou para baixo suas projeções para 2025 e anunciou a saída do atual CEO.

Outro fator de pressão nos mercados europeus foi o tom negativo do setor de semicondutores. As ações da ASML despencavam 7%, após a companhia divulgar uma projeção de receita abaixo das expectativas para o terceiro trimestre. O movimento arrastou outros nomes do setor, como ASM International e BE Semiconductor.

Além disso, o dado de inflação no Reino Unido reforçou o cenário de incerteza. O índice de preços ao consumidor subiu 3,6% em junho na comparação anual, acima da expectativa de 3,4%.

Os investidores ainda repercutem o impacto das tarifas de 30% anunciadas por Trump sobre importações da União Europeia e do México, válidas a partir de 1º de agosto. A ministra dos Assuntos Europeus da Dinamarca, Marie Bjerre, classificou a medida como "completamente inaceitável" e disse que o bloco europeu está pronto para retaliar, embora negociações sigam em curso.

Por fim, o banco britânico Barclays voltou aos holofotes após ser multado em £42 milhões por falhas na gestão de riscos relacionados a crimes financeiros. O valor foi reduzido após o banco se comprometer a reembolsar clientes prejudicados. As ações subiam 0,15% por volta das 8h em Londres.

Futuros dos EUA

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam sem direção única. O Dow Jones subia 0,04%, enquanto o S&P 500 caía 0,06% e o Nasdaq 100 recuava 0,19%.

Na véspera, o Dow caiu mais de 400 pontos e o S&P 500 recuou 0,4%. O Nasdaq foi na contramão, com alta de 0,2%, impulsionado por um salto de 4% nas ações da Nvidia, que espera retomar as vendas de chips H20 para a China em breve.

Enquanto isso, os mercados aguardam novos dados de inflação nos EUA com a divulgação, às 9h30, do índice de preços ao produtor (PPI) de junho.

No noticiário corporativo, investidores monitoram os balanços de Bank of America, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Johnson & Johnson, previstos para esta manhã.

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