Hong Kong: Hang Seng avança 1,16% com salto de Alibaba e Baidu após testes de chips próprios de IA (Getty Images/Getty Images)
Redatora
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 06h19.
As bolsas internacionais operam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 12, impulsionadas pela valorização de ações ligadas à inteligência artificial. Na Ásia, o destaque foi a sul-coreana SK Hynix, que saltou mais de 7% após anunciar a conclusão do desenvolvimento do chip HBM4, considerado crucial para aplicações em IA. O papel atingiu o maior nível desde 2000.
Em Hong Kong, Alibaba e Baidu avançaram mais de 6% e 10%, respectivamente, depois de reportagens indicarem que as companhias estão usando chips próprios para treinar modelos de IA, em substituição parcial aos semicondutores da Nvidia.
O índice Nikkei 225, do Japão, subiu 0,93% e renovou recorde histórico, enquanto o Topix avançou 0,40%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1,54% e o Kosdaq 1,48%.
Na China, os resultados foram mistos: o Hang Seng de Hong Kong avançou 1,16%, mas o CSI 300 recuou 0,57%.
O índice australiano S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,68%. Na Índia, por volta das 6h (horário de Brasília), o Sensex subia 0,46% e o Nifty 50 operava com alta de 0,45%.
Na abertura, os mercados europeus operavam com leve queda. Por volta das 5h50 (horário de Brasília), o Stoxx 600 recuava 0,21%, o DAX da Alemanha caía 0,26% e o CAC 40 da França perdia 0,52%. Já o FTSE 100, de Londres, subia 0,25%.
Dados divulgados nesta sexta mostraram que o PIB do Reino Unido ficou estagnado em julho, após uma expansão de 0,4% no mês anterior. O resultado aumenta as dúvidas sobre o ritmo da recuperação econômica britânica e entra no radar do Banco da Inglaterra, que atualiza sua política monetária na próxima semana.
Entre os destaques das notícias corporativas, o conselho do banco espanhol Sabadell recomendou que seus acionistas rejeitem a oferta hostil de 15 bilhões de euros feita pelo rival BBVA. As ações do Sabadell caíam 0,7%, enquanto as do BBVA recuavam 0,5%.
Também na Europa, papéis da fabricante dinamarquesa de turbinas eólicas Vestas Wind despencavam 4,3% após o governo dos Estados Unidos descartar o uso de energia eólica offshore sob a gestão de Donald Trump, alegando altos custos e baixa confiabilidade.
Em Nova York, os índices fecharam em máximas históricas na véspera. O Dow Jones subiu 1,36% e superou os 46 mil pontos pela primeira vez. O S&P 500 avançou 0,85% e o Nasdaq Composite ganhou 0,72%.
Os ganhos foram sustentados pela expectativa de corte de juros na reunião do Federal Reserve da próxima semana, mesmo após o índice de inflação CPI de agosto ter vindo levemente acima do previsto, com alta mensal de 0,4%.
Ainda assim, os pedidos semanais de auxílio-desemprego, que subiram para o maior patamar desde 2021, reforçaram a leitura de desaquecimento do mercado de trabalho e aumentaram as apostas em afrouxamento monetário.
No pré-mercado desta sexta, os futuros dos EUA mostravam estabilidade por volta das 5h50: os ligados ao Dow Jones caíam 0,18%, os do S&P 500 recuavam 0,16% e os do Nasdaq 100 cediam 0,08%.