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Após lucro recorde, GM anuncia nova rodada de demissões nos EUA

Cortes atingem mais de 200 engenheiros na região de Detroit e fazem parte de um plano de reestruturação para reduzir custos

GM: empresa corta mais de 200 funcionários assalariados em nova rodada de demissões (Roosevelt Cassio/Reuters)

GM: empresa corta mais de 200 funcionários assalariados em nova rodada de demissões (Roosevelt Cassio/Reuters)

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 16h23.

Última atualização em 24 de outubro de 2025 às 16h37.

A General Motors (GM) demitiu mais de 200 funcionários assalariados nesta sexta-feira, 24, em mais uma etapa de seu plano de redução de custos nos Estados Unidos. Conforme noticiado pela CNBC, os cortes atingem principalmente engenheiros de design auxiliado por computador (CAD) que atuavam no centro global de tecnologia da montadora, localizado na área metropolitana de Detroit.

Segundo a GM, a reorganização tem como objetivo fortalecer as equipes de engenharia voltadas para o desenvolvimento de novos projetos e aumentar a eficiência das operações internas. As demissões foram justificadas por “condições comerciais” e não por desempenho individual, de acordo com comunicado interno enviado aos empregados.

A montadora vem reduzindo custos e revisando suas unidades de negócio para aumentar a eficiência e simplificar estruturas administrativas. O número de empregados assalariados da GM nos Estados Unidos caiu de 53 mil em 2023 para cerca de 50 mil no fim do ano passado.

Os cortes ocorrem poucos dias depois de a empresa revisar para cima sua projeção de lucros para 2025. No terceiro trimestre, os resultados superaram as expectativas de Wall Street e impulsionaram as ações da montadora, que acumulam alta de 29% no ano, enquanto os papéis da Ford sobem cerca de 38%.

Setor automotivo enfrenta ajustes

As demissões da GM seguem um movimento mais amplo de reorganização no setor automotivo, que vem enfrentando custos crescentes e uma demanda mais lenta por veículos elétricos. A Rivian, fabricante americana de elétricos, anunciou nesta semana o corte de 4,5% da força de trabalho — mais de 600 pessoas — para reestruturar equipes e reduzir despesas.

As montadoras também estão sob impacto das novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afetam caminhões médios e pesados. Apesar de GM e Ford terem elogiado as medidas, os custos adicionais continuam elevados, e as compensações previstas não são suficientes para neutralizar as pressões sobre as margens.

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