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África do Sul como polo de terceirização? Setor no país deve chegar a US$ 6,8 bi até o final de 2030

Aumento na terceirização deve gerar mais de 212 mil empregos qualificados e fortalecer a economia do país

Empresas globais devem ampliar operações na África do Sul em 45% até 2030 (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Empresas globais devem ampliar operações na África do Sul em 45% até 2030 (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 06h41.

Empresas devem expandir significativamente ou abrir novas unidades na África do Sul em cinco anos para aproveitar os talentos disponíveis no país.

Com base em pesquisa da empresa de soluções de talentos Robert Walters, o setor de terceirização da região deve crescer de US$ 4,4 bilhões, para US$ 6,8 bilhões até o final de 2030, passando de 1% para 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

A expectativa é de que a expansão gere mais de 212 mil empregos qualificados. O crescimento do setor representa um ponto positivo para o país, que enfrenta uma das maiores taxas de desemprego do mundo, de 33,2%.

Além disso, a África do Sul lida com pressões externas, como tarifas americanas que incentivam a realocação de empresas para os Estados Unidos, e com críticas às políticas de empoderamento econômico da população negra, implementadas após 1994.

Fatores que impulsionam a expansão

Entre os principais fatores que favorecem a expansão estão a alta proficiência em inglês, o alinhamento de fuso horário com a Europa e a crescente reputação do país em serviços empresariais e tecnológicos de alta qualidade.

A pesquisa indica que a demanda por profissionais qualificados em contabilidade, auditoria e análise financeira tem aumentado, permitindo que o país assuma funções offshore mais complexas.

David Barr, CEO de terceirização da Robert Walters, afirmou à Bloomberg que empresas veem a terceirização não apenas como corte de custos, mas como estratégia de acesso a talentos.

O executivo acrescentou que a combinação de escala e sofisticação da África do Sul impulsiona seu papel em funções críticas para organizações internacionais.

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