Ter uma reserva de emergência acessível, com rendimento acima da poupança e baixo risco, é um desafio recorrente na vida financeira de quem busca segurança e rentabilidade. O Tesouro Selic, título público de renda fixa, tem se mantido como uma das opções mais sólidas para quem precisa deixar o dinheiro rendendo — mas disponível — em caso de imprevistos, como uma emergência médica inesperada.

O que é o Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público pós-fixado, atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic. Emitido pelo Tesouro Nacional, ele é considerado um dos investimentos mais seguros do país.

Sua principal característica é a liquidez diária, o que significa que o investidor pode resgatar os recursos a qualquer momento em dias úteis, com rendimento proporcional ao período da aplicação.

Como funciona o rendimento

O Tesouro Selic acompanha a variação da taxa Selic ao longo do tempo. Em maio, essa taxa está em 14,75% ao ano. Para simulações de curto prazo, como um investimento de seis meses, é possível usar uma estimativa de juros simples para ter uma ideia próxima da rentabilidade.

• Com R$ 8.000 aplicados por 6 meses, e a taxa de 14,75% ao ano, o rendimento bruto estimado é R$ 590.

No entanto, é necessário considerar o desconto do Imposto de Renda, que para aplicações de até 180 dias é de 22,5% sobre o rendimento.

• Rendimento líquido = R$ 590 × 0,775 = R$ 457,25

Vantagens do Tesouro Selic

• Segurança: garantido pelo Tesouro Nacional;
• Liquidez diária: ideal para quem pode precisar do dinheiro a qualquer momento;
• Rentabilidade superior à poupança, mesmo com desconto do IR;
• Acessível: pode ser adquirido com valores a partir de R$ 30.

Fatores importantes a se considerar

Embora o Tesouro Selic seja uma opção de baixa volatilidade, o valor das cotas pode sofrer pequenas variações caso o resgate ocorra em prazo muito curto, por causa da marcação a mercado.

Para quem pretende manter o dinheiro aplicado por poucos meses e precisa da possibilidade de saque imediato, o impacto costuma ser pequeno, mas é importante acompanhar o valor bruto disponível antes de vender o título.

Além disso, o investidor deve considerar o custo da corretora ou banco, se houver, e a necessidade de manter uma reserva que permita cobrir emergências sem comprometer o planejamento financeiro.