Inteligência Artificial

Meta corta 600 postos e promete foco em eficiência e IA

Cortes atingem equipes de produtos e infraestrutura, mas não afetam o laboratório estratégico de superinteligência criado por Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg: CEO da Meta  (JULIA DEMAREE NIKHINSON/Getty Images)

Mark Zuckerberg: CEO da Meta (JULIA DEMAREE NIKHINSON/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 14h00.

Última atualização em 22 de outubro de 2025 às 14h00.

A Meta iniciou uma nova rodada de cortes, desta vez atingindo cerca de 600 funcionários da divisão de inteligência artificial, segundo memorando interno obtido pelo Wall Street Journal. As demissões envolvem equipes dedicadas a produtos baseados em IA, infraestrutura e pesquisas de longo prazo, mas não afetam o TBD Lab — unidade recém-criada que concentra as principais contratações multimilionárias feitas por Mark Zuckerberg neste ano.

No documento, Alexandr Wang, diretor de IA da companhia, afirmou que a medida visa acelerar decisões e dar mais autonomia a cada profissional. “Com uma equipe menor, menos conversas serão necessárias para decidir algo, e cada pessoa terá mais peso, mais escopo e mais impacto”, escreveu Wang.

Apesar da redução, o executivo disse que não haverá mudanças na estrutura mais ampla do Meta Superintelligence Labs, núcleo montado durante o verão para centralizar o esforço de reposicionamento da empresa na corrida global por IA avançada.

Segundo Wang, a empresa continuará contratando especialistas “nativos em IA” e pretende redistribuir parte dos profissionais afetados para outras áreas internas nas quais suas competências possam ser aproveitadas.

O movimento segue a tendência de racionalização que atingiu as grandes empresas de tecnologia desde 2023, quando a Meta passou a priorizar o que Zuckerberg chamou de “ano da eficiência”. Ao mesmo tempo, a companhia mantém altos investimentos em pesquisa de modelos generativos e infraestrutura de dados, em disputa direta com OpenAI, Google e Anthropic.

A decisão reflete o equilíbrio delicado entre reduzir custos e manter competitividade em um setor que exige investimentos bilionários em computação e talentos escassos.

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